O dia que troquei um cargo de liderança para fazer atendimento ao cliente

Em um certo momento da minha trajetória no mundo corporativo, eu ocupava um cargo de liderança geral de uma instituição financeira. Depois de um tempo nessa posição, senti necessidade de aprender algo diferente, ter novas experiências, buscar novos horizontes.

O dia que troquei um cargo de liderança para fazer atendimento ao cliente.
O dia que troquei um cargo de liderança para fazer atendimento ao cliente.

Conversando com a minha gestora sobre isso ela me disse que a oportunidade em aberto era para ser gerente pessoa jurídica de grandes empresas. A ideia me chamou muito a atenção, porque não havia trabalhado somente com empresas de grande porte até então, pois com o cargo de liderança geral eu lidava com situações de diversos clientes.

Impulsionada por essa energia de querer mudar, aceitei a oportunidade em aberto e sai da posição de gestão de pessoas para voltar a exercer um cargo de gerente de relacionamento. O que eu mais recebi dos meus colegas foram perguntas como “Eliane, tu está louca?””Tu vai largar teu cargo de liderança para voltar a ser gerente de relacionamento?”. E eu dizia “Sim”, muito certa da minha decisão e me desprendendo do título de um cargo. Lidar com novos desafios, enxergar as coisas por outro ângulo era o que importava pra mim.

Essa troca de rota foi muito legal para a minha caminhada, pude ver a instituição por outro prisma.
E sabe o que aconteceu depois que comecei nessa nova posição? Recebi muitos convites de colegas querendo conversar comigo para saber como tinha sido minha troca de cargo. Não só isso, alguns deles acabaram fazendo o mesmo movimento que eu, mudando de posição para aprender coisas novas.

Somos seres em movimento. Evoluímos e encontramos novos propósitos. Se nos prendermos a cargos e títulos, só vamos interromper esse fluxo tão bonito que é a vida. Somos tão acostumados com o modelo vertical de pensar que esquecemos que a vida é horizontal, é vai e vem, cai e levanta.

Espero que esse texto inspire você também, assim como inspirou meus queridos colegas na época!

#inspiração#mudancas#novoshorizontes#novosdesafios

Felicidade nas organizações: isso é possível?

Compartilhei aqui recentemente um texto contando sobre quando eu deixei um cargo de liderança para atuar em atendimento ao cliente, dentro da mesma instituição. Acontece que a minha decisão não foi baseada em plano de carreira ou na busca por um salário superior, eu procurava mais felicidade no trabalho. Precisava de desafios, e fui em busca deles.

Felicidade nas empresas
Felicidade nas empresas

Talvez por isso a minha decisão tenha espantado meus colegas, porquê achamos normal abdicarmos nossa felicidade e bem-estar em nome de um cargo maior. Mas, assim como eu, muitas pessoas estão se movimentando em busca dessa felicidade corporativa.

A pandemia trouxe essa sentimento, de urgência em ser feliz, fez as pessoas perceberem o quanto seu trabalho estava ligado a sua felicidade. É também por isso que esse tema começou a ser levantado nas empresas, existe até um cargo voltado para isso agora, o Chief Happiness Officer (CHO).

Isso mostra que estamos no caminho mas, por outro lado, os altos indicadores em doenças mentais como burnout, ansiedade e depressão revelam que temos uma jornada longa pela frente. Ainda banalizamos a ansiedade, o estresse e a falta de segurança psicológica, normalizando ambientes tóxicos e infelizes.

Uma pesquisa do McKinsey Insights de setembro de 2020, mostrou que 70% das pessoas encontram seu propósito por meio do trabalho. E é isso que as empresas e os líderes precisam entender, enxergar o trabalho como algo muito maior do que só o ganha pão, ou com o único objetivo de maximizar o lucro e retorno aos acionistas.

O que é a felicidade no trabalho, afinal? Ela vai muito além dos ambientes coloridos, das festas, dos benefícios e das mesas de sinuca. É sair do que é tangível para fazer os colaboradores sentirem, podendo serem quem são.

Com certeza, é uma desafio, pois cada indivíduo é único e se sentirá feliz de maneiras diferentes. Por isso, é preciso começar focando no trabalho de cada um e também em suas relações. Descubra quais são os valores do seu colaborador.

De uma maneira geral, existem fundamentos que trazem mais felicidade para o trabalho, como: salários justos; oportunidade de desenvolvimento; segurança psicológica; senso de pertencimento; afeto e gratidão por parte dos líderes.

Uma pesquisa da Harvard Business Review mostrou que funcionários infelizes têm 18% menos produtividade, geram 16% menos lucro, provocam um aumento de 49% nos acidentes no trabalho e aumentam em 37% os índices de absenteísmo. Investir em felicidade corporativa não é só o certo a se fazer, mas o que vai gerar a sustentabilidade do negócio a longo prazo.

E lembra da história que contei no início do texto? Depois de mim, muitas pessoas da instituição que eu trabalhei também trocaram seus cargos em busca de novos desafios, é porquê a felicidade é contagiante.

#felicidadenotrabalho#empresahumanizada

5 sites para comprar arte NFT

Você deseja começar a investir no mundo das artes digitais, mas não sabe onde e como comprar artes NFT? Os famosos tokens não-fungíveis estão ganhando cada vez mais espaço no mercado digital e transformando muitos investidores em milionários. Por conta disso, separei 5 sites para que você fique por dentro de como funciona esse mercado e assim começar a comprar as suas artes NFT.

Deseja comprar arte NFT? Conheça 5 sites para começar
Deseja comprar arte NFT? Conheça 5 sites para começar

As artes digitais em NFT alcançam cada vez mais novos adeptos pelo mundo e atraem o interesse de diversos entusiastas da tecnologia e da arte. 

Além disso, com o grande avanço das inovações tecnológicas e a popularização das criptomoedas, os NFTs atingiram novos números no mercado no ano de 2021, ultrapassando recordes de faturamento.

Os NFTs, também conhecidos como tokens não-fungíveis, fazem parte do universo do blockchain, com suas características únicas e distintas dos demais tokens e criptomoedas. 

Com o grande leque de possibilidades que os NFTs oferecem, o faturamento neste mercado se tornou um atrativo para diversos públicos, principalmente investidores que buscam por novidades e colecionadores de artes digitais.  

Estar aberto para o mundo das artes digitais é estar disponível para novas experiências artísticas e às novas oportunidades do mercado, que está cada vez mais atrelado ao digital e suas inovações. 

Dessa forma, existem diversas plataformas na web para quem busca vender, investir e comprar NFTs, cada uma com suas indicações específicas.

Para quem está iniciando no mercado de NFTs, é importante saber diferenciar as plataformas confiáveis e distinguir quais sites são mais indicados e acessíveis para negociar tokens não-fungíveis. 

Pensando nisso, separamos 5 sites mais indicados para quem deseja comprar artes digitais em NFTs.

Opensea

Opensea
Opensea

A plataforma Opensea está no topo das negociações de NFT no mundo todo e é considerada uma das startups de blockchain mais relevantes do mercado atual. Criada em 2017 pelos norte-americanos Devin Finzer e Alex Atallah, a Opensea já é avaliada em 13,3 bilhões de dólares, segundo estimativas da Forbes

O site funciona como um marketplace de NFTs, onde os mesmos são vendidos por meio da criptomoeda Ethereum, com a carteira MetaMask, que deve ser cadastrada pelo usuário já nos primeiros passos para criação da conta na Opensea.

A plataforma possui uma interface amigável e é acessível para todos os públicos. E uma das principais vantagens do site é justamente a facilidade e a ampla oferta de artes digitais disponíveis. 

Além disso, a Opensea é uma das plataformas mais seguras e uma das principais formas de comprar e também vender artes digitais em NFTs

Rarible

Rarible
Rarible

Fundada pelos russos Alexander Salnikov e Alexei Falin, a plataforma Rarible ganhou destaque nos últimos meses no universo dos NFTs, principalmente pela nova funcionalidade que visa reduzir as taxas de gás Ethereum.

Dessa forma, garante com que os usuários criem tokens não- fungíveis com custo zero. Ao contrário do que muitos imaginam, a Rarible já esteve no topo do mercado de NFTs, liderando até mesmo a OpenSea por um breve período.

O Rarible funciona por meio da criptomoeda RARI, que é seu token nativo. Além disso, a plataforma está entre as ferramentas que melhor administram os NFTS, ocupando lugar relevante no ranking de favoritos no mercado de NFTs.

Um dos grandes diferenciais da plataforma é justamente o seu token de governança RARI e o incentivo à movimentação do mercado de NFTs, pois cada vez que um usuário compra ou vende NFTs eles ganham moedas RARI.

Para quem possui moedas RARI, a plataforma Rarible é a principal do mercado para negociação de tokens não-fungíveis. Assim como na Opensea, é necessário conectar sua carteira MetaMask e começar a criar, vender e comprar NFTs.

Apesar de ainda não ter tantas funcionalidades como a Opensea e ser indicado para usuários que já possuem conhecimento prévio no mercado de NFTs, o Rarible é uma plataforma emergente no mercado da arte digital em NFTs no mundo que promete se destacar ainda mais nos próximos anos.

Mintable

Mintable
Mintable

A plataforma Mintable foi fundada por Zach Burks, um grande entusiasta das criptomoedas. O grande diferencial da plataforma para as demais é a possibilidade de comprar e vender NFTs não só em Ethereum (ETH) como também em Zilliqa (ZIL), o que amplia as possibilidades na carteira.

Além disso, assim como a Rarible que gratifica seus usuários com a moeda RARI a cada venda ou compra realizada na plataforma, a Mintable também recompensa os usuários nas compras de NFT com um token MINT.

Outra vantagem desse marketplace é o rendimento de uma taxa de 2,5% até 10% para os usuários que vendem NFTs na Mintable.

SuperRare

O SuperRare representa um mercado de artes digitais mais exclusivo, pois os artistas passam por uma longa análise prévia para adentrar a plataforma. 

Apesar de possuir menos opções de obras e artistas que as demais, o site atrai os colecionadores que buscam pela máxima autenticidade das obras digitais em NFT. Para ingressar na rede como artista é necessário preencher um formulário inicial e aguardar validação.

A plataforma permite o pagamento apenas em Ethereum e os NFTs podem ser vendidos a preços fixos ou por meio de lances, como um leilão.

Além disso, é possível que os NFTs sejam um investimento a longo prazo para alguns artistas e investidores, pois permite o lucro de taxa sobre os preços de revenda da arte digital em NFT.

Foundation

Foundation
Foundation

Assim como o SuperRare, o Foundation é mais um dos marketplaces no mercado de NFTs que possuem um conjunto de artistas exclusivos, escolhidos por meio de uma série de critérios da plataforma.

Além disso, o site possui uma ideia democrática de acesso às artes digitais, possibilitando com que novos artistas adentrem o mercado dos NFTs e conecta colecionadores e entusiastas da arte do mundo inteiro com artistas desconhecidos.

Para os usuários que desejam comprar NFTs na plataforma basta cadastrar uma carteira MetaMask ou Wallet Connect.

Conclusão

O futuro das artes está cada vez mais imerso e atrelado ao digital, como pode ser visto não só com o crescimento dos NFTs, mas também com o desenvolvimento do metaverso e as demais inovações digitais.

Existem dezenas de marketplaces de NFTs onde é possível consumir, vender e até mesmo criar artes digitais, portanto, conhecer as principais delas e saber escolher a mais adequada é fundamental para quem está iniciando no mercado de NFTs. O ano de 2022 promete um cenário ainda mais promissor para as artes digitais em NFTs, pois os tokens não-fungíveis estão revolucionando o mercado e colocando em evidência novos artistas da arte contemporânea.

FAQ

Quais as melhores plantaformas para comprar artes em NFTs?

Opensea, Rarible , Mintable, SuperRare, Foundation.

Você sabe o que é NFT?

Tokens não-fungíveis .

O que o NFT proporciona às artes?

Uma nova forma de expressão e manifestação das artes no mundo.

Enxergar em 360 graus. Isso é posssível?

Hoje me levantei me perguntando como ampliar minha capacidade de enxergar, com clareza, o mundo? Como pensar de forma mais clara sobre meus projetos? Como posso construir relacionamentos mais duradouros? Enfim, como encontrar as respostas que preciso para entender melhor o mundo em que eu vivo?

Dizem que você pode enxergar em 360 graus. Seria isso realmente possível?

Sim!!!! Vou contar como cheguei a esta conclusão.

Fiquei pensando…. como poderia eu enxergar em 360 graus se eu tenho apenas dois olhos? Claro que isso não seria possível se eu utilizasse apenas os olhos para enxergar.

Neste sentido, posso dizer que também enxergamos quando nós ouvimos e sentimos a energia do outro e em tantas outras formas de perceber que estão condensados no que chamo intuição.

O ser humano é complexo e completo! Que maravilha é esse nosso corpo e essa mente que nos dão a possibilidade de enxergar em tantas dimensões o nosso mundo.

Estar mais atento a si e ao outro não é coisa muito fácil. Hoje, posso dizer, sou uma pessoa mais madura, mais vivida e dar espaço às diversas manifestações do mundo me deu mais equilíbrio e discernimento. Assim, com essa maneira mais abrangente de enxergar, vamos nos construindo como seres humanos.

Enxergar, nesse sentido mais amplo, nos faz mais empáticos, principalmente quando sentimos a importância do outro e o seu ponto de vista. Em um mundo onde vejo as pessoas muito voltadas à competição, eu me pergunto, ” onde está a colaboração?

Onde eu posso mostrar meus talentos e realmente ser útil no que faço para melhorar o mundo e inspirar outras pessoas? Preste atenção aos sinais e permita-se enxergar em 360 graus. Isso lhe dará maior assertividade nos relacionamentos e em seus empreendimentos.

Seja inclusivo e respeite a diversidade humana no mundo.

#pensar #empreendedorismo #vida

O que é enxergar em 360 graus?

É olhar o outro e o mundo com os olhos do coração, da empatia e da intuição

Como posso desenvolver esse olhar 360 graus?

Primeiramente você deve entender que enxergar é desvelar o sua própria maneira de enxergar o mundo. Autoconhecimento é o primeiro passo.

Por que ampliar nossa consciência do mundo é importante?

Ampliar a consciência e ter uma visão mais ampliada do mundo e das pessoas nos ajuda a sermos mais empáticos.

A visão 360 graus nos ajuda a sermos pessoas melhores?

Sim. Ajuda a nos conectarmos com nós mesmos e e sermos agentes de transformação do nosso entorno.

Eliane Davila

PhD em Processos e Manifestações Culturais

Mentora de Negócios e Carreira

Embaixadora Certificada do Capitalismo Consciente

Você faz o que ama?

A reflexão que deixo a vocês é um convite para repensar sobre sua vida. Se você não está feliz! Mude, ainda temos tempo!!

Se você está feliz com o que faz, está, com certeza no caminho certo. Talvez falte a você aprimoramento na atividade, conhecimento técnico e algumas habilidades a serem desenvolvidas, mas a sua alma estará em paz.

Posso dizer, por experiência própria, a diferença que isso faz na vida da gente!

Depois de algumas transições de carreira, me sinto mais livre, mas conectada com meu verdadeiro propósito. Desfrutar desse estado de flow, isto é, um estado mental que acontece realizamos uma atividade que nos sentimos totalmente potencializados de energia, prazer é gratificante.

Sou uma eterna aprendiz. Meus títulos conquistados com muita dedicação são importantes, mas não me definem na minha totalidade. Sou um ser humano que quer buscar coisas novas, repensar, resignificar e fazer o melhor, todos os dias.

Sou uma cidadã do mundo, sem medo de mudar, de trocar de opinião e de carreira de novo.

O que quero é seguir o fluxo, estar em movimento para poder desfrutar, junto das pessoas que amo, dessa linda jornada que é a vida. E você? Busque dentro de você suas respostas. Essa é a chave!

#mudança #novasoportunidades #abertoaonovo #inovar #criar #almaleve

Eliane Davila

Ph.D em Processos e Manifestações Culturais

Pesquisadora do Empreendedorismo Feminino

Embaixadora Certificada do Capitalismo Consciente

Mentora de Negócios da ABMEN

Presidente da Associação de Administradores do Vale do Sinos – AVS

Por que empreendedores procuram mentoria de negócios?

O que é mentoria de negócios? Como eu posso me desenvolver na jornada empreendedora por meio da mentoria? Saiba tudo sobre esta atividade que valoriza a aprendizagem e a autonomia do(a) empreendeor(a). Saiba mais o porque os empreendedores deveriam procurar a mentoria de negócios.

Mentoria de Negócios - Eliane Davila
Mentoria de Negócios – Eliane Davila

Mentoria para empreendedores? Por que devo procurar um mentor ou uma mentora

Essa reflexão não poderia ser mais importante para quem empreende. Laçar-se ao mundo do empreendedorismo é sempre uma aventura maravilhosa, mas é um mundo de incertezas e de desafios.

Não é glamuroso, requer muito trabalho e tomada de decisões. Essa é a vida de quem empreende com negócio próprio ou quem atua no intraempreendedorismo!

No entanto, eu penso que a vida do ser humano pode ficar mais leve se tomamos decisões mais assertivas em nossa vida pessoal e empreendedora.

Por mais de 20 anos trabalhei como intraempreendedora em grandes instituições financeiras. Aprendi muito com essa área no que tange a criar bons relacionamentos com o cliente e auxiliá-los na missão de oferecer um produto financeiro mais adequado ao crescimento das suas empresas ou em projetos individuais. Assim, a mentoria para empreeendedores é essencial.

No início de minha carreira, eu nem sabia exatamente que meu trabalho com meus clientes tinha muito do que hoje chamamos de Mentoria. Mas afinal, o que é mentoria?

1. O que é Mentoria de Negócios?

Os mentores, na realidade, são profissionais que já trilharam muitos caminhos e que podem nos auxiliar no conhecimento de alguns ou obstáculos e desafios que podem surgir ao longo da jornada empreendedora.

Os mentores ou as mentoras de negócios já viveram diversas experiências, acertaram e erraram, e com isso podem contribuir para nos mostrar os caminhos compartilhando seus conhecimentos.

Conforme a ABMENAssociação brasileira de mentores de negócios , a função dessa associação é “comunicar à sociedade o papel do mentor e sua influência para a maturidade dos negócios”.

Assim, como membra de associados dessa instituição, corroboro com essa ideia de que a mentoria para os empreendedores pode ser um divisor de águas na maturação dos nossos empreendimentos.

É importante deixar claro que o mentor de negócios é orientado para provocar melhorias no negócio que o empreendedor ou empreendedora desenvolve. A mentoria também pode ser para o ser humano que empreende, que nós chamamos de mentoria pessoal.

Além disso, um mentor de negócios não é um coach e nem um consultor, pois diferente nessas profissões, a mentoria de negócios procura provocar respostas no próprio empreendedor/a, ou seja, o mentor de negócios não trará as respostas para o empreendedor/a, fará provocações e auxiliará na busca da melhor alternativa para o seu negócio.

Contudo, o mentor/a não dará as respostas para o empreendedor/a. A busca da melhor decisão virá do empreendedor/a com perguntas provocativas do mentor. A ideia aqui é tornar o empreendedor/a mais autonômo/a e empoderado/a para exercer suas atividades profissionais.

2.Por que é tão importante ter mentoria para negócios?

Quando penso na importância de se ter um mentor ou mentora de negócios, logo me vem à cabeça a questão de pensar que outra pessoa pode me ajudar a ver o mundo sobre outras lentes. Isso é ótimo!

Posso comentar com vocês que estar aberto ao novo e às novas perspectivas de entender e agir neste mundo é o primeiro passo. Aqui a questão não é de estarmos com os olhos fechados ao que nos rodeia, mas estarmos, muitas vezes, não enxergando, com toda a clareza, as oportunidades e as limitações que são impostas aos nossos empreendimentos.

Além disso, a experiência do/a mentor/a pode trazer novas perspectivas e novas conexões que o farão repensar o seu negócio ou realmente tornar mais claro a sua escolha. As minhas experiências como mentora podem ser compartilhadas e, dessa forma, servir para que o meu mentorado ou minha mentorada tome a decisão mais assertiva possível.

Lembro quando eu comecei a trabalhar, aos 17 anos, eu já tinha pessoas que me auxiliavam na tomada de decisão e essa prática foi fazendo parte da minha carreira profissional.

Com meus clientes, eu acabava reproduzindo o serviço que recebia dos meus mentores pessoais , mas que de alguma forma, eu adaptava para auxiliar meus clientes.

Na verdade, naquele tempo, eu era gerente de relacionamento de clientes, mas a mentoria para empreendedores acabava se misturando às práticas de atendimento ao cliente e nas possíveis ofertas de produtos .

Acredito que quanto mais a gente se conhecer melhor e aproveitar as oportunidades de se conhecer, mais próximos estaremos de nós mesmos. Aqui sugiro outro texto que escrevi que fala de conhecer a nós mesmos. Leia o post “A busca de si na jornada empreendedora (https://www.elianedavila.com/a-busca-de-si-na-jornada-empreendedora/).

3. Como funciona o kick off da mentoria?

Mentoria de Negócios: abordagem socrática para o  desenvolvimento dos negócios
Mentoria de Negócios: abordagem socrática para o desenvolvimento dos negócios

Olha só, devo dizer que, como um médico ou uma médica, o primeiro passo é ouvir o cliente, pois ele tem alguns sintomas que o aflige, mas muitas vezes não sabe a causa desses sintomas.

Dessa forma, por exemplo, um cliente pode ter uma dúvida ou um problema a resolver, mas não saber exatamente o que originou essa prática e nem as oportunidades para solucioná-lo.

Chamados isso de anamnese em medicina, mas, em realidade, a analogia serve muito bem para nosso trabalho de mentoria. O profissional de mentoria de negócios tem uma missão de descobrir o que pode estar acontecendo e provocar as reflexões adequadas para que o mentorado encontre suas próprias escolhas.

É importante destacar que o Mentor ou a Mentora de Negócios que, assim como eu, são associados à ABMEN, possuem um método a ser seguido durante a seção de mentoria, com início, meio e fim. Assim, você que contrata um profissional de mentoria, tenha sempre em mente que existem diversos profissionais no mercado e buscar um profissional qualificado é sempre a primeira coisa a ser feita. Busque um profissional certificado para lhe ajudar na jornada empreendedora.

O principal método disponibilizados pela ABMEN sugere uma mentoria socrática, fudamentada na filosofia de Sócrates, que inspira o mentorado a encontrar suas próprias respostas. O mentor ou a mentora está à serviço do mentorado, facilitando o processo de encontro dessas respostas.

4. Quem é o mentor ou a mentora de negócios?

Como já comentei antes, o mentor ou a mentora é aquele que inquieta o mentorado, ou seja, aquele o que faz pensar e encontrar soluções diferentes e novas oportunidades, assim como, proporciona conexões e interações com o ecossistema que o empreendedor ou empreendedora está inserido/a.

Além de ter um bom método de trabalho, o mentor ou a mentora deve ter um networking bem amplo para poder apresentar novas conexões ao mentorado/a no que tange a parcerias e oportunidades no ecossistema.

Além disso, o/a mentora de negócios deve ser aquele profissional que tem experiência de mercado e que pode trazer, por meio de exemplos já vivenciados, algumas reflexões importantes para que o emprenededor/a possa tomar a decisão mais assertiva no seu negócio. Saliento que a tomada de decisão é do/a mentorado/a mesmo! Mentores não tem fórmulas prontas e não decidem pelo/a mentorado/a. A proposta é trazer aos mentorados uma visão de fora, uma forma de enxergar seu negócio sob outro ângulo.

Outro ponto que eu gostaria de destacar é a importância de utilizar ferramentas disponíveis no mercado para, por exemplo, descobrir o modelo de negócio do/a mentoriado/a. Existem diversas ferramentas, técnicas, procedimentos, metodologia, oportunidades para sermos mais criativos e escolhermos nossa melhor trilha no nosso negócios.

Dessa forma, ao contratar um profissional de mentoria de negócios, verifique se ele/a é qualificado/a, certificado/a nas áreas que você precisa de alguma mentoria. Aqui também sugiro o portfólio da ABMEN Academy para quem quer se especializar em mentoria para empreendedores.

Além disso, acredito que a empatia com o mentorado ou mentorada é fator decisivo para que a seção flua de forma mais produtiva e assertiva.

A mentoria de negócios auxilia no desenvolvimento humano e na construção de empreendimentos mais sustentáveis.
A mentoria de negócios auxilia no desenvolvimento humano e na construção de empreendimentos mais sustentáveis.

5. Conclusão

O/ A empreendedor/a busca a resolução de algum problema no seu negócio na mentoria. Busca uma visão diferente para complementar seu pensamento.. A jornada empreendedora não é solitária, como muitos pensam. Contratar um mentor ou uma mentora pode tornar mais leve essa trilha em busca de melhorias nos seus negócios.

Normalmente, o mentorado ou mentorada acredita que poderá sair de uma seção de mentoria com a solução para os seus problemas, mas nem sempre isso acontece. A mentoria para empreendedores não é receber as respostas prontas. Confesso que, muitas vezes, nas minhas seções de mentoria, eu saia cheia de ideias, mas sem ter tomado a decisão final. Isso é super normal mesmo porque o mentor ou mentora vai fazer perguntas provocativas que vão fazer com que muitas ideias venham à sua mente. Muitos insigths , refexões e muito conhecimento são gerados a partir de uma seção de mentoria. qualificada. Os mentores, de forma geral acabam sendo pessoas inspiradoras para os mentorados.

Conforme a ABMEN, na mentoria de negócios os “profissionais de mentoria somam suas experiências e competências colaborando positivamente para o desenvolvimento sustentável do ambiente de empreendedorismo e para a economia como um todo“.

O empreendedor ou a empreendedora, pode ter certeza, de que procurar uma mentoria de negócios para trazer atalhos para sua jornada empreendedora irá agregar muito no processo de aprendizagem.

Todos nós, empreendedores sabemos do desafio grandioso que é estar empreendendo é , muitas vezes, seguir em uma estrada obscura e, dessa forma, a mentoria pode auxiliar o empreendedor ou a empreendedora a se preparar para essa caminhada, tomando as decisões mais assertivas para o seu negócio. Em cada seção, o empreendedor ou empreendedora deve sair com um plano de ação orientada para a busca de melhorias no seu negócio.

O caminho do desenvolvimento é árduo, mas com a mentoria ele pode ficar mais leve. Caso tenha gostado da ideia de realizar uma seção de mentoria, não deixe de me contatar. Eu ficaria muito feliz em poder agregar valor a você e ao seu negócio.

Por que procurar a mentoria de negócios?

A mentoria de negócios é uma opção de aprendizado e autonomia para o(a) empreendedor(a). É um momento de colaboração e crescimento para o (a) empreendedor(a).

Quem é o mentor ou a mentora de negócios?

Os mentores de negócios são pessoas que possuem bagagem profissional em determinadas áreas e podem ajudar os mentorados a passar pelos desafios do mundo corporativo

Qual a diferença entre mentoria e consultoria?

A mentoria gera autonomia para o empreendedor, pois o mentor não dará as respostas , mas ele ajudará o mentorado a encontrar suas próprias respostas. Na consultoria, o empreendedor recebe o passo a passo das informações para serem implantadas no seu negócio.

O que é um plano de ação?

Os planos de ação são os aprendizados a partir da mentoria. São o nosso tema de casa para tornar-se um agente de transformação do seu entorno.

Eliane Davila

Ph.D em Processos e Manifestações Culturais

Pesquisadora do Empreendedorismo Feminino

Embaixadora Certificada do Capitalismo Consciente

Mentora de Negócios da ABMEN

Presidente da Associação de Administradores do Vale do Sinos – AVS

#mentoria #mentor #mentora #empreendedor #empreendedora #empreendedorismo #decisão #autoconhecimento


Sustentabilidade e empreendedorismo: quebrando paradigmas

Hoje a reflexão parte do princípio de que estamos desconectados com a natureza. A sustentabilidade tem relação com a manutenção da vida humana no planeta. Digo que estamos desconectados porque vivemos em um mundo ainda com tantas desigualdades sociais e falta de cuidado com o planeta. Muitas pessoas que se dedicam ao empreendedorismo não levam em conta a sustentabilidade em suas condutas. Parece que a racionalidade humana deixou as pessoas distantes do que as constitui. Vivemos em um turbilhão de fragmentações: eu e os outros, eu e o planeta, eu…, eu… e mais eu.

Pensar que sustentabilidade tem a ver com a manutenção da vida no planeta requer a quebra de paradigmas. O comportamento do ser humano levou a humanidade à destruição, à morte, às guerras, às desigualdades e ao pensamento individualista. Nossa falta de conexão com a natureza e com o pensar sustentável, levou mais crianças a citarem tipos de Pokémons a nomearem as principais espécies de animais existentes no planeta terra.

Curiosamente, com este distanciamento da natureza, há um distanciamento de si, ou seja, cada vez mais estamos mais racionais e menos sintonizados com o nosso sistema biológico. Distanciar-se do que nos torna mais vivo é o que acontece na maioria das sociedades e isso contribui para que o ser humano se distancie da sua própria essência.

Dessa forma, o pensar racional que não considera as diversas dimensões humanas nos afasta do conceito da sustentabilidade . A sustentabilidade inicia com o olhar interno, identificando o tipo de mindset que temos frente ao mundo. É interessante, que observando a humanidade, ao longo do tempo, as pessoas amadureceram, cresceram, evoluíram, desconectaram-se e adoeceram.

Estamos em um momento que necessitamos fazer a jornada de cura interna para que nossas ações empreendedoras estejam conectadas com a sustentabilidade.

Perceber que o pensar sustentável no empreendedorismo inicia, dessa forma, com a jornada interna, do empreendedor e da empreendedora, na quebra de seus próprios paradigmas. Enquanto não houver conexão com nós mesmos, a sustentabilidade, em nossos projetos e empresa, estará no campo discursivo. A prática da sustentabilidade dentro de nossos negócios é uma consequência das nossas visões de mundo e de nossas atitudes. As ações sustentáveis no empreendedorismo sugerem que essa perspectiva faça parte das estratégias das empresas, assim como estejam incorporadas na cultura organizacional.

Pensar a sustentabilidade como um sistema orgânico, que conecta as pessoas à vida e à resignifição dos nossos posicionamentos, no empreendedorismo, é acreditar que a sustentabilidade relaciona-se com o princípio do equilíbrio que gera qualidade de vida para as pessoas e para todos os que se relacionam com nossas empresas. A sustentabilidade e o empreendedorismo devem estar conectados.

Termino esta reflexão dizendo que a quebra de paradigma para o desenvolvimento sustentável, nos nossos projetos, parte do nosso protagonismo em equilibrar nosso olhar empreendedor, frente ao desenvolvimento socioeconômico, político e cultural ligado à preservação do meio ambiente, no intuito de construir um mundo melhor para todos nós. Desenvolver a sustentabilidade nos leva a satisfazer as necessidades presentes, sem comprometer as gerações futuras.

O empreendedorismo, a partir dessa reflexão, pode ser aplicado para definir projetos que combinam a geração de riquezas com o desenvolvimento consciente do meio social e ambiental. Pense nisso e ótimos negócios!

#sustentabilidade #empreendedorismo #paradigma #capitalismoconsciente

Eliane Davila

Ph.D em Processos e Manifestações Culturais

Pesquisadora do Empreendedorismo Feminino

Embaixadora Certificada do Capitalismo Consciente

Mentora de Negócios da ABMEN

Presidente da Associação de Administradores do Vale do Sinos – AVS

Dimensão humana nas organizações: reflexões sobre pessoas e empresas

Essa última semana eu fiz um post nas redes sociais que falava sobre a indissociabilidade da pessoa que empreende e do seu empreendimento.

Isso mesmo! No mundo corporativo existe humanidade. Existem sentimentos, afetos e emoções. O que ocorre é que, a maioria dos empresários, não considera todas as dimensões humanas dentro das organizações. É muito incoerente isso: fragmentar o ser humano como se pudéssemos separar a persona profissional da pessoal.

Eu lembro, lá nos anos 90, quando iniciei minha carreira profissional, em um dos primeiros trabalhos que realizei, meu líder me disse: “Eliane, aqui você deve “vestir a camiseta” e seus problemas pessoais devem ficar em casa”. Ouvi essa frase e pensei: como vou realizar essa demanda de me fragmentar em profissional e pessoal? Como eu faço isso?

Essa frase seguiu comigo desafiando minhas crenças e me instigando a repensar sobre os modelos de gestão tão cruéis com os colaboradores. Na verdade, estas reflexões são fundamentais para qualquer empresas ou empresário/a. Não é possível adiar mais esta pauta! É agora!

1.1 Começando a mudar

Lendo o livro Empresas que Curam, de Raj Sisodia & Michael Gelb, me levou a reavivar esta conversa com você, caro/a leitor/a. O livro traz uma série de histórias de empresas que inspiram e que estão tornando possíveis feitos maravilhosos no mundo corporativo. Como já falei em outras reflexões, o protagonismo das instituições é fundamental para vermos as mudanças acontecerem, na prática.

A história do capitalismo não foi a coisa mais linda de se ver. Muitas ações foram realizadas em prol do desenvolvimento econômico e social , mas entendo que, entre tantas coisas, a visão mais humanizada nas organizações ficou negligenciada, trazendo influências marcadas pela violência, imposição, poder, competição e egoísmo.

As influências tóxicas do meio corporativo deixaram marcas e sofrimento nas pessoas”.

O ethos da maioria das instituições mostram empresas que correm muito atrás do lucro e desconsideram as outras relações possíveis dentro desses ambientes. Este é o mundo que você quer deixar para a prosperidade?Qual o legado de sua empresa? Ganhar dinheiro?

1.2 Elevando a consciência

Será que não temos outra maneira de nos relacionar nas organizações? Será que pessoas e organizações não são a mesma coisa? Claro que sim! Não tenha dúvida!

Empresas são pessoas, clientes são pessoas, stakholders são pessoas e a comunidade são pessoas. Esta é a chave para a elevação da consciência. A dimensão humana, por muito tempo esquecida, está retornando, aos poucos, para a relevância necessária dentro das empresas.

Percorrendo algumas literaturas sobre os negócios e lideranças, como comentam Sisódia e Gelb, existem livros que reforçam a sociopatia nos negócios. Uma sociopatia que considera a empresa sem as pessoas. Uma ideologia que torna o ambiente corporativo repleto de competição, guerras de poder e vaidades. Neste tipo de ambiente fica difícil valorizar as pessoas. Falta confiança e respeito mútuos.

Um líder lidera pelo exemplo e não pela força . Essa é a minha perspectiva também. Líderes tomam decisões difíceis, mas as tomam de forma consciente , com benevolência e gentileza em um equilíbrio entre a tenacidade e a sagacidade diz Sisodia e Gelb.

“É preciso entender que é possível promover crescimento nos negócios e servir à sociedade e ao planeta. Isso é recuperar a sanidade no mundo corporativo”.

A elevação da consciência está em acreditar firmemente que se melhorarmos a vida das pessoas que trabalham com a gente e focarmos na busca de melhorias para a nossa comunidade, encontrando soluções sustentáveis, estaremos em sinergia com nossos consumidores, sociedade e funcionários, nosso acionista vai ter resultados consistentes nas nossas empresas.

1.3 Empoderando pessoas

A missão da empresa também deve ser empoderar as pessoas. Essa atitude também as fará gerar lucro!! As empresas devem ter responsabilidade moral com cada indivíduo. Hoje, sabe-se que este posicionamento de gerar riqueza e beneficiar a todos que são impactados pelas nossas organizações. Isso é possível!

Uma liderança realmente humana é medida pela forma como curamos e empoderamos as pessoas. Tudo que acontece no mundo é responsabilidade nossa. Todo o desrespeito com o meio ambiente, com as desigualdades sociais e de gênero originaram-se da lacuna de humanidade cada ser humano.

As organizações podem fazer algo diferente! As empresas podem ser protagonistas de uma transformação social”.

O mesmo olhar que temos para geração de lucros, é o mesmo olhar que precisamos ter com as pessoas. Sabemos que o que precisamos é o equilíbrio. Sabemos que esse olhar para as pessoas reduzirá o sofrimento humano, pois em grande parte das empresas, vemos a doença, o stress e a falta de qualidade de vida.

Empoderar pessoas é construir caminhos possíveis para que ela se desenvolva“.

É pelo trabalho que desenvolvemos nossa identidade e nos tornamos capazes de exercer nossa autonomia em uma perspectiva biosocioantropológica do ser humano.

É hora de favorecer nossa vida e a da vida das pessoas que trabalham com a gente. É hora de acreditar que nossas empresas são pessoas e que elas precisam estar bem para apoiar nosso propósito maior, em uma cultura mais consciente e com líderes mais humanizados. A sociedade, os stakeholders e o nosso planeta precisam de nós, empresas que tornar a transformação mundial possível.

#capitalismoconsciente #pessoas #humano #humanidade #transformação #mudança

É possível pensar nossas empresas para além do lucro?

Sim. Empresas do futuro se preocupam com o lucro , com as pessoas e com o planeta.

Por onde eu começo a mudar?

O começo de tudo acontece dentro da gente, com uma ampliação de consciência de que estamos todos conectados no mundo e que empresas são pessoas.

Por que a liderança dentro das organizações é tão importante?

Porque é ela que inspira as mudanças de cultura, de estratégia e pensamento organizacional. Todos nós somos líderes dentro das organizações. Todos nós somos influenciadores nas nossas empresas.

Por que as empresas são tão importantes para a transformação do mundo?

As empresas podem acelerar as transformações socias, econômicas e trazer um novo jeito de investir e fazer negócios mais conscientes no Brasil e no mundo.

Eliane Davila

Ph.D em Processos e Manifestações Culturais

Pesquisadora do Empreendedorismo Feminino

Embaixadora Certificada do Capitalismo Consciente

Mentora de Negócios da ABMEN

Presidente da Associação de Administradores do Vale do Sinos – AVS

O que é Estado de Presença na liderança organizacional?

Começo esta reflexão dizendo que a liderança organizacional é uma das temáticas que vem me acompanhando na minha trajetória profissional desde que iniciei no mundo corporativo e na minha carreira acadêmica.

Sempre gostei de buscar nas lideranças que trabalharam comigo, atitudes e comportamentos que eu pudesse me inspirar. A inspiração é uma forma amorosa de trazer amor. Uma liderança inspiradora precisa ser construída em uma base forte. Precisa estar conectada com o momento presente.

Assim, hoje vamos falar sobre o estado de presença. O que é este conceito e como ele pode ser vinculado às lideranças organizacionais?

Partindo da perspectiva do Livro, Liderança Shakti, o estado de presença é definido como um estado de consciência do momento presente. É um estado de “flow” onde acessamos o equilíbrio, completude, conexão interna e externa com o nosso entorno. É uma interconexão que vai além do nosso mundo, indicando uma ligação com nossa essência interior. Em estado de presença estamos plenos, flexíveis e congruentes.

Estar em estado de presença nos direciona à pensar que as lideranças, estão em plena disponibilidade para seus colaboradores, além disso, o conceito também permeia a ideia que você, como gestor/a, não tem nada a temer, nada a defender e nada a promover. É só você em estado de presença!

Uma das observações mais relevantes para mim, na leitura do Livro Liderança Shakti, foi entender que este estado de presença nos leva à unicidade, ou seja, no estado de presença eu sou eu mesma. Este é o estado natural, onde posso estar alegre porque posso ser o que realmente devo ser no mundo.

Os líderes conscientes são responsáveis por servir ao propósito da organização criando valor para todos os seus stakeholders e cultivando uma Cultura Consciente de confiança e cuidado. Os aspectos relevantes para essa competência incluem a confiança, o equilíbrio e determinação. O cultivo da presença possibilita o desenvolvimento de líderes mais carismáticos, que possuem um magnetismo singular e que possuem influencia sobre os outros. Em estado de presença, o líder encontra clareza e energia em uma linguagem corporal e verbal inspiradora.

As organizações desejam líderes para que tenham o estado de presença desenvolvido. Os líderes devem ser capazes de projetar confiança carismática, mas esta competência deve estar intrinsecamente ligada ao estado de presença.

Posicionamentos genuínos, na liderança organizacional, devem estar conectados com nosso Eu interior. Caso contrário, estaremos usando as máscaras que as influências externas nos disponibilizam para construção de uma persona que não é realmente quem somos.

Dessa forma, o líder deve ser exatamente a pessoa que ele é . Esta é a chave para a construção de lideranças mais conscientes nas organizações.

Percebemos o quão difícil é estar nesse estado de presença. Somos, a cada minuto, chamados a estamos em piloto automático. Realizamos as atividades, conversamos com as pessoas, mas na verdade, não as sentimos e nem as escutamos de forma genuína. A busca pelo estado de presença requer uma vigília constante.

O desenvolvimento do estado de presença requer um cultivo desta vigília e a prática diária do restabelecimento do equilíbrio interior. Uma das práticas mais eficazes para cultivarmos a presença é colocarmos limites adequados às nossas relações. Normalmente, as tendências femininas do ser humano, e aqui lembramos que, não estamos falando de gênero, deixam as pessoas mais abertas aos relacionamentos e com isso, estão mais expostas à dependência. Por isso reforço a importância da vigília constante.

Como um elefante que sempre esteve preso em uma corrente, quando o soltam, a tendência é ficar condicionado a estar no mesmo espaço. Assim, nós humanos, também podemos correr o risco de aceitar que nossas limitações, nossa liberdade e nosso potencial somente existam em nossas mentes. Somente quando estamos realmente presentes é que podemos transcender essas restrições pessoais e ir em busca da felicidade e das realizações que desejamos.

O estado de presença leva você à consciência. Um lugar que não é estático, mas uma dinâmica criativa que cria, preserva, destrói e recria. Nossas chances de acertar, em atitudes e comportamentos, no processo de liderança são muito maiores se estivermos neste estado de consciência pleno.

É preciso honrar quem você verdadeiramente é . É preciso prazer em tudo que se faz. Agir com a alma, este é o chamado do estado de presença a todas as lideranças organizacionais.

#liderança #liderançashakti #liderar #presença #pilares #alma #organização

Eliane Davila

Ph.D em Processos e Manifestações Culturais

Pesquisadora do Empreendedorismo Feminino

Embaixadora Certificada do Capitalismo Consciente

Mentora de Negócios da ABMEN

Presidente da Associação de Administradores do Vale do Sinos – AVS

Elevação da Consciência Empresarial: orientação para stakeholders

Vivemos, todos nós, em uma época diferente. Vivemos em um momento histórico onde se faz um esforço para pensar em reflexão, em ressignificação e em construir um nosso sistema econômico mundial.

A ideia deste pensar nos leva a crer que a jornada do capitalismo até aqui nos trouxe mais problemas do que soluções. Houve um certo descuidado com o ser humano, com a sustentabilidade e com planeta.

É fato que precisamos redesenhar nossas relações empresariais com nossos funcionários, clientes, fornecedores, comunidade e todos aqueles que se relacionam com o nosso negócio.

Outro dia me perguntaram, mas Eliane, como é possível, em meio a uma crise pandêmica, pensar ou ajustar essas relações? Como posso pensar em elevar a consciência empresarial neste momento em que muitas empresas estão apenas sobrevivendo?

Gostaria de comentar que são, nos momentos de crise, que as oportunidades de mudanças surgem. Sabemos que nem todas as pessoas e empresas estão em um nível de consciência semelhante e com isso, posso dizer que mudanças são processuais e exigem um certo tempo de maturação e respeito às pessoas e às organizações. A mudança e a elevação de consciência vão acontecer no tempo de cada ser humano e no momento do despertar empresarial. O meu papel e e todos que queiram elevar a consciência das corporações, é de fornecer subsídios para a redefinição do propósito maior que valorize a ética, o amor e que proporcione maior resiliência às organizações.

O pensamento do acionista deve ir ao encontro de estratégias mais sustentáveis e da longevidade empresarial, com um cunho de responsabilidade social.

As empresas são pessoas e as relações com nossos funcionários devem ser revisitadas diariamente. O nosso cliente é o que proporciona o existir empresarial, gerando receita e mantendo a empresa viva. Assim, um olhar mais atento aos funcionários, automaticamente reflete no melhor atendimento do nosso cliente.

É o momento de pensar em sustentabilidade nos nossos negócios e quando em falo em sustentabilidade, o conceito vai muito além do meio ambiente. As nossas relações no mundo corporativo devem favorecer o desenvolvimento humano, ou seja, o desenvolvimento e a manutenção da vida humana no planeta. Penso que nossas atitudes devem seguir os preceitos de satisfazer as necessidades de hoje e não impactar a geração futura, para que haja realmente a manutenção da vida.

Assim, acredito que reflexões sobre um novo modelo econômico saudável deve permear as dimensões econômicas, sociais e ambientais, culturais territoriais e políticas. Milton Friedman, a mais de meio século, dizia que as empresas deveriam fornecer lucro ao acionista. O conceito por si só não está errado, porém esse conceito não se mostrou muito eficaz, pois não contemplou o olhar sistêmico e sustentável da vida humana. Funcionários, fornecedores, comunidade e o planeta ficam, na maioria dos casos, em segundo plano, o que causou injustiças e escassez de recursos na natureza.

A orientação ao stakeholders como uma possível estratégia de gestão empresarial, requer ações que impactem o meio ambiente, a sociedade e que sejam legitimadas por uma governança corporativa. Estamos vivendo uma “crise de uma humanidade que não consegue se tornar humana, diz Edgar Morin.

Na verdade, este movimento todo que está surgindo, com maior intensidade, neste ano de 2020, sugere um pensar distinto sobre todos nós, como atores responsáveis pela transformação interna de nós mesmo e das empresas às quais pertencemos. É preciso reconectar o humano nesta nova maneira de gerir nossas empresas. É preciso, de fato, elevar a consciência empresarial para a construção de um modelo de capitalismo que desenvolva as pessoas e transforme nossas empresas em espaços de (re)conexão com a vida e com todas as dimensões do ser humano.

Eliane Davila

Ph.D em Processos e Manifestações Culturais

Pesquisadora do Empreendedorismo Feminino

Embaixadora Certificada do Capitalismo Consciente

Mentora de Negócios da ABMEN

Presidente da Associação de Administradores do Vale do Sinos – AVS