Compartilhei aqui recentemente um texto contando sobre quando eu deixei um cargo de liderança para atuar em atendimento ao cliente, dentro da mesma instituição. Acontece que a minha decisão não foi baseada em plano de carreira ou na busca por um salário superior, eu procurava mais felicidade no trabalho. Precisava de desafios, e fui em busca deles.
Felicidade nas empresas
Talvez por isso a minha decisão tenha espantado meus colegas, porquê achamos normal abdicarmos nossa felicidade e bem-estar em nome de um cargo maior. Mas, assim como eu, muitas pessoas estão se movimentando em busca dessa felicidade corporativa.
A pandemia trouxe essa sentimento, de urgência em ser feliz, fez as pessoas perceberem o quanto seu trabalho estava ligado a sua felicidade. É também por isso que esse tema começou a ser levantado nas empresas, existe até um cargo voltado para isso agora, o Chief Happiness Officer (CHO).
Isso mostra que estamos no caminho mas, por outro lado, os altos indicadores em doenças mentais como burnout, ansiedade e depressão revelam que temos uma jornada longa pela frente. Ainda banalizamos a ansiedade, o estresse e a falta de segurança psicológica, normalizando ambientes tóxicos e infelizes.
Uma pesquisa do McKinsey Insights de setembro de 2020, mostrou que 70% das pessoas encontram seu propósito por meio do trabalho. E é isso que as empresas e os líderes precisam entender, enxergar o trabalho como algo muito maior do que só o ganha pão, ou com o único objetivo de maximizar o lucro e retorno aos acionistas.
O que é a felicidade no trabalho, afinal? Ela vai muito além dos ambientes coloridos, das festas, dos benefícios e das mesas de sinuca. É sair do que é tangível para fazer os colaboradores sentirem, podendo serem quem são.
Com certeza, é uma desafio, pois cada indivíduo é único e se sentirá feliz de maneiras diferentes. Por isso, é preciso começar focando no trabalho de cada um e também em suas relações. Descubra quais são os valores do seu colaborador.
De uma maneira geral, existem fundamentos que trazem mais felicidade para o trabalho, como: salários justos; oportunidade de desenvolvimento; segurança psicológica; senso de pertencimento; afeto e gratidão por parte dos líderes.
Uma pesquisa da Harvard Business Review mostrou que funcionários infelizes têm 18% menos produtividade, geram 16% menos lucro, provocam um aumento de 49% nos acidentes no trabalho e aumentam em 37% os índices de absenteísmo. Investir em felicidade corporativa não é só o certo a se fazer, mas o que vai gerar a sustentabilidade do negócio a longo prazo.
E lembra da história que contei no início do texto? Depois de mim, muitas pessoas da instituição que eu trabalhei também trocaram seus cargos em busca de novos desafios, é porquê a felicidade é contagiante.
World Earth Day Concept. Green Energy, Renewable and Sustainable Resources. Environmental and Ecology Care. Hand Embracing Green Leaf and Handmade Globe
Hoje eu quero trazer pra vocês um assunto muito importante que são os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da agenda 20-30
Um resumo muito breve do que é ESG. É a sigla para Envoirnment, Social e Governance. São pautas que direcionam um negócio para que ele se torne sustentável, em todos os sentidos.
As empresas comprometidas com o ESG estão mais alinhadas com o futuro e essa postura tem sido decisiva até na valorização de ações.
Enquanto o ESG existe mais com uma premissa, um guia, os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável trazem uma linguagem mais empresarial, que são as metas. Isso mesmo, os ODS vêm para apontar aonde queremos chegar.
Mas da onde veio isso, né?
Os ODS foram definidos pela ONU. Eles são 17 objetivos a serem atingidos na “Década da Restauração de Ecossistemas”, que vai de 2021-2030, por isso agenda 20-30.
Podemos pensar na agenda de tarefas do nosso trabalho, que também aponta as metas que precisam ser atingidas em um determindo período.
A “Década da Restauração de Ecossistemas” é uma convocação para proteger e revitalizar os ecossistemas em todo o mundo. Não adianta só falarmos em quanto a sustentabilidade é importante se não sabermos o que é preciso ser feito realmente, não é mesmo?
Eu não vou ler aqui todos os objetivos, mas eles abrangem as dimensões economica, social e ambiental.
Tanto empresas, quanto governos, instituições e pessoas podem atuar em benefício dos 17 ODS.
No entanto, eles estão divididos em 3 esferas, o que nos ajuda a direcionar nossas ações com mais foco em determinados objetivos.
Como vocês podem ver, existem metas ligadas a Biosfera, a Sociedade e a Economia. Lá no topo está o ODS 17, que são Parcerias e meios de implementação. Ele fala sobre essa necessidade de interligar todos os ODS, pois eles funcionam justamente de forma integrada.
Não basta só as empresas atuarem nos objetivos, também não basta só os governos engajarem, da mesma forma que só a sociedade civil também não consegue atingir as metas. É preciso trabalhar de forma integrada, unificada e global.
É por isso que os ODS são tão importantes, porque eles levam todos para o mesmo lugar a nivel global.
Tá Eliane mas como eu faço para contribuir?
Como eu sei qual objetivo está ao meu alcance ou da minha empresa?
O Capitalismo Consciente aponta para o ODS Zero o ponto de partida de cada um para contribuir com a agenda 20-30. Então antes mesmo de começar a agir, é interessante buscar definir o seu ODS Zero, ou de sua empresa.
Eu mesma já fiz esse estudo pessoal, ligado aos meus propósitos, meus valores e minha atuação profissional para entender qual era meu ODS Zero. No meu caso, estou mais posicionada ali nos objetivos 4, Educação de qualidade, e 5, Igualdade de gênero.
Faça você também um estudo sobre os seus valores pessoais e tente buscar pelo menos uma ODS para ajudar a melhorar o nosso mundo.
ELIANE DAVILA DOS SANTOS Doutora em Processos e Manifestações Culturais Administradora de Empresas – CRA RS- 016707 Mentora de Negócios e CarreirasEmbaixadora Certificada do Capitalismo ConscienteColíder da Filial-RS do Capitalismo Consciente
Liderar é uma arte e exige muito mais do que conhecimentos técnicos. É preciso cada vez mais humanizar as empresas e estar em sinergia com um propósito em comum.
Em tempos de capitalismo consciente, saber liderar é uma arte e vai muito além do que seguir conceitos clássicos de gestão de empresas. A liderança atual exerce um papel mais centrado na humanização, deixando um pouco de lado os processos de negócios e direcionando os esforços para o ser humano. Sendo assim, neste artigo eu trago algumas reflexões e apontamentos sobre o assunto e a importância dos líderes no desenvolvimentos de equipes mais sinérgicas e com propósitos maiores do que meramente o lucro.
Liderar é uma arte
Muito mais do que um papel de destaque e um lugar de prestígio dentro
das empresas, o líder exerce um papel de mediador, influenciador e
principalmente um papel humano, que demanda alteridade e características que
vão além da boa gestão.
Um dos grandes erros das gerações passadas é a idealização dos líderes
como pessoas rígidas, que são isentas ao erro e inflexíveis.
A liderança humanizada e consciente vem para ultrapassar todos esses
antigos moldes e estabelecer uma nova perspectiva dentro das empresas de
sucesso: o impacto de uma liderança integrada à equipe, com propósito e
inspiração para os colaboradores.
O sucesso econômico é importante, porém deve ser pensado como um fator complementar e não como o grande objetivo da empresa, pois só assim é possível estabelecer uma liderança consciente e desenvolver o humano cada vez mais.
Com a pandemia da Covid-19, muitos anseios e muitos ideais mudaram na
sociedade contemporânea, pois as pessoas reformularam suas prioridades e a
demanda corporativa também se transformou.
Pensar em uma liderança que aborda uma esperança de futuro, que
contemple as necessidades da equipe e que as valorize é quase um pré-requisito
para empresas que buscam seu lugar no mercado promissor atual.
Pensando nisso, neste post iremos falar sobre o conceito de liderança,
quais suas implicações no capitalismo consciente e
quais são os seus impactos positivos para o desenvolvimento e sucesso humano.
O que é Liderança?
A liderança pode ser definida como um conjunto de habilidades que
incluem motivar, inspirar, conduzir e influenciar pessoas, com intuito de
alcançar os objetivos da empresa e também da equipe.
Porém, o que vemos na maioria das vezes são gestões autocráticas, onde
as decisões são tomadas à luz de propósitos individuais e que não valorizam as
expectativas da equipe como um todo.
Pensar no conceito de liderança como algo
integrativo, que valoriza as habilidades de cada colaborador na equipe e
que respeita a subjetividade de cada um é imprescindível para um mundo com
lideranças mais humanizadas.
Liderar deve ser visto como algo que ultrapassa a gestão, mas envolve
uma conjuntura de fatores comportamentais e um propósito maior.
Uma liderança humanizada envolve motivação e inspiração para os
funcionários, além de ocupar um papel de facilitadora no processo
corporativo.
Conhecer verdadeiramente a equipe, estimular as habilidades de cada um e
integrar os propósitos da equipe e da organização como metas são algumas das
características que se espera de uma liderança humanizada e consciente.
Liderar é algo que atravessa várias gerações e carrega junto a sua história vários modelos diferentes, como algo que vai se transformando ao longo dos tempos. Você já deve ter se deparado com histórias de chefes rígidos, que governavam por meio da imposição do medo e que na maioria das vezes representava uma figura aversiva para os funcionários. Pois saiba que essa representação de liderança é algo que ficou no passado e apesar de ainda ser muito recorrente, não tem mais espaço para o mercado do futuro.
A liderança humanizada é uma nova perspectiva que acompanha as novas gerações, que já estão inseridas no mercado de trabalho e buscam por um mundo mais consciente em todos os sentidos.
Liderança e o Capitalismo Consciente
O capitalismo consciente é um tema que ganha cada vez mais espaço na
sociedade e está presente nos debates corporativos com frequência. O
capitalismo consciente vai questionar e reformular a grande máxima do
capitalismo: o lucro.
A ideia central do capitalismo consciente não é
se contrapor ao capitalismo, mas sim reformular e transformar a forma como ele
opera na sociedade, integrando o bem-estar das pessoas, do mundo e a sociedade
como um todo, pensando nos impactos positivos que uma organização pode causar.
A liderança consciente faz parte dos 4 pilares centrais do capitalismo
consciente, que além da liderança, inclui uma cultura consciente, um propósito
maior e a integração de stakeholders.
Ou seja, para que o capitalismo consciente seja possível é necessário
que exista lideranças conscientes, principalmente em um momento onde há uma
quebra nos padrões da economia e uma crescente tendência ESG no
mercado. Todas essas temáticas estão interligadas e compõem o mercado do
futuro.
As empresas são compostas por pessoas, logo, a engrenagem principal das organizações são humanos. Empresas conscientes são reflexos de pessoas e lideranças conscientes, pois um elemento sustenta o outro e se complemeta.
A importância da
liderança consciente
John Mackey e Raj Sisodia, uns dos grandes autores sobre o capitalismo
consciente, apontam que para ser um bom líder é preciso primeiramente se tornar
um bom servidor, trazendo a ideia de integração dos líderes a todo o restante
da equipe, em uma posição de igualdade.
Além disso, a liderança consciente reflete uma equipe muito mais
inspirada, engajada com os propósitos da organização e até mesmo uma cultura
organizacional muito mais forte, que a diferenciam de todas as outras empresas.
Desenvolver uma liderança consciente é investir no sucesso humano, pois o
êxito das empresas não está somente no poder de mercado e na lucratividade, ao
contrário do que muitos imaginam.
Sendo assim, é importante ressaltar o novo líder não como alguém
disponível somente à demanda da empresa, mas sim disponível às demandas pessoais e
profissionais de todos os colaboradores, pois o líder deve estar
em sinergia com um propósito comum e não individual.
Todas essas ideias de unicidade, coletivo e bem comum fazem parte da
filosofia do capitalismo consciente e que se estendem para a liderança
consciente.
Em épocas como essas, de estresse incessante e uma sobrecarga na
sociedade, a liderança consciente ocupa um papel ainda mais vital no mundo
contemporâneo.
Conclusão
Liderar é acima de tudo inspirar e estimular o melhor de cada um dentro
das organizações.
Contudo, é preciso romper com antigos ideais de hierarquia e com a visão
limitante de liderança, que por muito tempo permeia o mercado
corporativo.
Dessa forma, se faz necessário buscar por lideranças mais humanizadas,
que valorizem todos os colaboradores e suas potencialidades e ofereça
oportunidades para seu desenvolvimento pessoal.
A liderança baseada na confiança e no cuidado faz parte das novas
demandas para uma sociedade livre em todos os seus aspectos. Transformar o “eu”
por “nós” dentro das organizações é o pilar principal para toda e qualquer
transformação no mundo.
O que é liderar?
A liderança de hoje tem o conceito de servir, de inspirar e estimular os colaboradores a serem suas melhores versões.
O que é Capitalismo Consciente?
É um novo jeito de fazer investimentos e negócios no mundo
O que é gestão humanizada?
Liderar inspirando os colaboradores a serem melhores e e garantir o seu bem estar e performance.
Que competências os novos líderes devem buscar?
Além dos conhecimentos técnicos, os líderes devem buscar a empatia, a gestão flexível e o amor nas relações corporativas.
Os ecossistemas de inovação são essenciais para a transformação do mundo. E isso se deve por conta da sua importância em mudar processos e criar soluções que podem mudar a estrutura de várias sociedades.
Ecossistema de inovação
Um ecossistema é composto por uma conjuntura de comunidades e seres vivos incluídos em um mesmo ambiente e que interagem entre si. Quando falamos de inovação, estamos nos referindo a novas ideias, novas soluções e novas possibilidades de realizar processos e melhorar resultados.
O ecossistema
de inovação une esses dois conceitos e estabelece uma nova forma de visualizar
o empreendedorismo, com muito mais conhecimento, oportunidades e como um
elemento transformador.
Esse conceito,
difundido por diversos autores ao longo dos anos, pode ser caracterizado como
ambientes repletos de relações e trocas, onde há criação, cooperação e
principalmente desenvolvimento.
Muitas empresas
buscam por um propósito de inovação em comum, porém nem todas possuem a
oportunidade de um ecossistema de inovação.
O ecossistema
de inovação é um grande diferencial na trajetória de pequenas, médias e grandes
empresas, pois são ambientes que possibilitam conhecimento e aprendizados
expressivos, influenciando em organizações transformadoras e autênticas no
mercado.
Quer entender
melhor como tudo isso funciona? Neste post irei abordar de forma aprofundada o
conceito de inovação, como esse ecossistema impacta o mundo como um todo e
quais suas principais características.
O que é um Ecossistema?
Um ecossistema,
de acordo com a definição da biologia, é um conjunto de seres vivos que vivem
em comunidades, interagindo entre si e com o ambiente em que estão
inseridos.
Dentro de um ecossistema, cada ser vivo desempenha um papel diferente, porém todos trabalham em cooperação. Ou seja, cada ser vivo depende um do outro, pois todo o funcionamento de um ecossistema depende da participação de cada elemento.
Por meio desse
conceito, é possível traçar analogias que atravessam a nossa sociedade, os
diversos espaços públicos e privados, as cidades, dentre vários outros
ambientes que serão analisados no conceito do ecossistema de inovação.
O que é Inovação?
De forma geral, o conceito de inovação é baseado na criação de algo novo, inédito, que foge dos padrões anteriores. No contexto do mercado atual, a inovação ocupa um dos pilares fundamentais para o desenvolvimento das empresas, pois se tornou a ferramenta primordial para as organizações e profissionais que buscam uma continuidade no mercado vem que atuam.
Hoje em dia podemos visualizar inúmeras startups se consolidando como grandes empresas e ultrapassando grandes organizações no mercado, pois possuem como grande diferencial a inovação, nos produtos, serviços e seus processos.
Contudo, comento que para que exista inovação propriamente dita, a ideia, produto ou serviço deve ser validada pelo cliente.
Mas afinal,
quais são os fatores que influenciam para essa inovação? E qual o papel do
ecossistema de inovação nesse processo? É sobre tudo isso que iremos falar
agora.
O que é ecossistema de inovação?
Um ecossistema
de inovação é justamente a junção entre os dois conceitos citados anteriormente,
ecossistema e inovação.
Imagine uma
cidade onde universidades, empresas, centros de pesquisa, o governo, startups,
investidores, empreendedores e hubs de inovação interajam entre si, por meio de
uma rede de relações e cooperações. Qual seria o nível de potencial desta rede?
Pois saiba que
os ecossistemas de inovações são justamente sobre esse potencial e sobre essas
relações, um ecossistema repleto de elementos potencializadores do
conhecimento, inovação e desenvolvimento e que se interligam de forma ativa.
Os ecossistemas de inovação são sistemas de extrema importância no desenvolvimento de inovações e transformações no mundo. Tudo isso irá refletir, de forma positiva, no crescimento do ambiente como um todo, seja a cidade, Estado ou país no qual eles estão inseridos.
Contudo, é
preciso que os diversos atores sociais, como as empresas, universidades,
governo, a sociedade civil e o meio ambiente estejam conectados para que um
ecossistema de inovação se estabeleça.
Além disso, é
preciso também a integração de diversos setores, como o sistema local, regional
e nacional de inovação. O que a cidade oferece para essa inovação? Quais apoios
para inovação existem nesse estado? Quais políticas que fomentam a inovação no
país? Tudo isso é fundamental para que ecossistemas de inovação
aconteçam.
Muitas
inovações ocorrem em função de ideias e soluções dentro da própria cidade, o
ambiente onde o indivíduo vive e está inserido e as organizações que operam
naquele lugar, pois é preciso enxergar as cidades como laboratório.
A hélice quíntupla de inovação
A hélice
quíntupla é a associação de diversos elementos e atores que compõem os
ecossistemas de inovação e exercem papel fundamental na transformação. Dentre
os atores que a compõem, estão:
academia
governo
empresa
sociedade
e o ambiente.
A academia está
relacionada ao conhecimento, à formação de pessoas por meio do aprendizado,
realização de pesquisas e é o elemento que detém o saber.
O governo, por
outro lado, atua promovendo o desenvolvimento por meio de políticas e
fomentando os atores que geram conhecimento científico, criando oportunidades
para que a formação aconteça.
A empresa ou a
indústria atua na comercialização da inovação, ou seja, é onde podemos
visualizar os processos de inovação e transformação na prática, transformando o
conhecimento em riqueza.
Posteriormente,
a sociedade civil se estabelece como outro ator importante neste eixo de
inovação, por meio da mídia, a arte, cultura, os estilos de vida da sociedade,
dentre vários outros elementos que atuam demandando problemas e soluções.
Por fim, o
ambiente se integra e complementa a quíntupla hélice de inovação com uma
perspectiva sustentável, pois irá demandar soluções para os problemas
ecológicos e os impactos ambientais.
Qual a importância do ecossistema de inovação?
Os ecossistemas de inovação são grandes elementos ativos na evolução e na transformação do mundo. É preciso compreender os atores que o compõem, alicerçar todos esses contratos, essas parcerias e efetivar essa conexão entre seus diversos elementos.
O potencial de
um ecossistema de inovação é muito amplo e significativo, pois vai desde o
impulsionamento de empresas, o desenvolvimento de habilidades até questões
sociais e ambientais como a demanda sustentável.
Com novos
sistemas econômicos, novas perspectivas de mercado e um mundo completamente
imerso em uma transformação que engloba as demandas sustentáveis, os
ecossistemas de inovação se tornam o grande motor essencial para mercados mais
produtivos, sustentáveis e inclusivos.
Conclusão
Todos esses processos complexos, caracterizados como ecossistemas de inovação, são democráticos, abrangem a geração de ideias e os processos criativos inseridos em um eixo de inovação que deve estar conectado. Dessa forma, os ecossistemas de inovação são uma das principais ferramentas de transformação do mundo em sua totalidade. Bem vindo a uma nova economia!
Neste novo post eu falou sobre o que é e quais são os atributos da Nova Economia que tem como um dos principais pilares a criação de negócios com propósito. Saiba mais no meu blog
O que é Nova Economia?
No mundo contemporâneo ocorreram diversas transformações no meio digital, tecnológico, comportamental e principalmente econômico. A forma como as pessoas vivenciam a economia atual traz novos modelos, novas características e tipos de negócios cada vez mais inovadores.
Seria este movimento um reflexo das novas gerações, que prezam pela experiência do usuário, pela sustentabilidade, causas sociais e diversos outros fatores que fazem parte da demanda da atualidade?
A nova economia é baseada em modelos de negócios mais flexíveis, aliados à tecnologia e centrado em solucionar problemas dos indivíduos, muito mais do que vender produtos. Com isso, o consumidor passa, cada vez mais, a fazer parte da atenção central das empresas.
Diferente da “velha economia” onde os modelos de negócios eram rígidos, com foco centralizado no produto e perspectivas de venda tradicionais, a nova economia acompanha as mudanças da sociedade, as transformações digitais e tudo o que essas relações implicam.
Para entender
melhor de que forma todos esses elementos funcionam é preciso se aprofundar na
história da nova economia e como ela foi elaborada ao longo do tempo.
Neste post você
irá compreender como tudo isso se deu e de que forma a nova economia influencia
nas empresas, promovendo tipos de negócios inovadores e observando o novo
perfil de consumidor.
História da Nova Economia
O termo “The
New Economy” traduzido para o português como “Nova Economia” foi citado pela
primeira vez em 1983, pelo jornalista Charles P. Alexander. Em 1996, Michael J.
Mandel, importante economista americano, passou a debater sobre o conceito
inserido no contexto do mercado.
Dessa forma,
pode-se dizer que esse novo modelo está presente desde o final dos anos 90, em
contextos e proporções diferentes. Na época, o termo era citado em referência a
organizações que estavam inovando na forma de realizar negócios e ultrapassando
as empresas tradicionais.
Desde então, a
tecnologia e a globalização passaram a protagonizar o mercado de forma
expressiva, fortalecendo o conceito da nova economia e contribuindo para a
elaboração de uma nova era no mundo do empreendedorismo.
Os princípios da Nova Economia
A nova economia
veio para romper com modelos antigos e valores ultrapassados da velha economia,
onde era o consumidor que se moldava e adaptada ao mundo e ao mercado.
Com o
crescimento da internet, empresas menores adentrando o mercado e concorrendo
diretamente com grandes empresas por meio das inovações tecnológicas, mídias e
uma nova perspectiva do cliente, empresas tradicionais tiveram que se adaptar à
nova realidade.
Dessa forma, os
princípios da nova economia passaram a ser elaborados à luz do próprio
consumidor, que se torna o elemento principal nesse novo modelo
econômico.
Há pelo menos 7
princípios que norteiam a nova economia. Conheça quais são eles a seguir.
Propósito
Na velha
economia, o capital era super valorizado, ou seja, o lucro era o grande
propósito das grandes empresas. Quando adentramos à nova economia, esses ideais
passam a ser limitantes e ultrapassados, pois o conceito de sucesso passa por
uma transformação e é atrelado ao propósito da organização.
Sendo assim, é
necessário um propósito maior do que a lucratividade, algo que motive a criação
de negócios que causem impactos positivos na sociedade atual e esteja alinhado
aos propósitos do novo consumidor, que é cada vez mais consciente.
Foco no
consumidor
Conhecer o
cliente e investir em sua experiência é também um dos fatores essenciais na
nova economia, pois muito além de vender bons produtos e oferecer serviços
satisfatórios, é preciso que tudo isso solucione os reais problemas dos
clientes.
Ou seja,
investir na experiência do cliente é essencial para fortalecer o relacionamento
da empresa com seu público e se aprimorar no mercado, visto que a nova economia
possui o cliente como foco central de todo o negócio.
Criação
de novas demandas
A nova economia
está aberta a novas possibilidades, sem se limitar a solucionar apenas um
problema.
Ou seja, por
meio do desenvolvimento de um produto ou serviço, podem surgir novos desejos e
demandas dos consumidores, as quais podem ser analisadas e solucionadas na nova
economia.
Erros e
flexibilidade
Os erros são
elementos que podem ocorrer com frequência na nova economia, a qual está imersa
em ferramentas digitais, em processos de criação e inovação que podem falhar em
algum momento.
A flexibilidade
é um dos princípios mais presentes nesse novo cenário, pois é preciso estar em
constante adaptação e aberto a novas possibilidades, elaborando até mesmo novas
oportunidades diante dos imprevistos.
Incertezas
A nova economia
é flexível também para as transformações constantes às quais a sociedade está
sujeita, principalmente no mundo contemporâneo onde as mudanças acontecem com
frequência e há sempre novas formas de se aprimorar.
As empresas
atuais procuram lidar com essas incertezas buscando sempre um acompanhamento do
seu consumidor e analisando seus valores e preferências, alinhando sempre esses
fatores a melhorias na empresa.
Criação
de novas oportunidades
É em meio a
conflitos e crises que surgem as maiores oportunidades no mercado, pois induz
as empresas a transformar possibilidades e criar novas alternativas que podem
surpreender positivamente.
Inovação
para continuar
No mundo atual,
as transformações ocorrem em uma velocidade máxima, o que cobra das empresas
uma constante inovação para permanecer no mercado.
Ou seja, é
preciso estar sempre atento às tendências e inovações no mercado e movimentar
os negócios em busca de adaptação.
Novo perfil de consumidor
A nova economia
fortalece ambientes corporativos horizontais, que são dinâmicos e flexíveis.
Tudo isso está alinhado ao novo perfil de consumidor, que busca por
experiências e não coisas, possui propósitos mais amplos e preza pelo consumo consciente.
Negócios
criativos e pautados nas demandas sociais se destacam nesse novo cenário,
alcançando públicos cada vez mais atuais e ativos no mercado.
A tecnologia
alinhada ao conhecimento fortaleceu não só o consumidor no seu processo de decisão,
mas a nova economia como um todo.
Conclusão
Investir no
bem-estar, na experiência do cliente e nas inovações tecnológicas são os
primeiros passos de empresas de sucesso na nova economia.
Empresas como AirBnB e Nubank são exemplos práticos das
transformações na nova economia, pois são empresas escaláveis e eficientes com
potencial de crescimento expressivo.
Nesta nova
realidade os negócios disruptivos, sejam eles escaláveis, sociais, inovadores
ou criativos ocupam o lugar central no mercado atual.
Contudo, é preciso se aprofundar nas transformações da sociedade, nas novas demandas dos indivíduos e as questões que permeiam as tomadas de decisões e a jornada do cliente. A nova economia está alinhada a todos esses elementos e busca contemplar essa nova realidade de forma flexível e inovadora.
Muito se fala no termo Startup e olhando de fora parece ser uma empresa nova que veio para dar uma boa solução ao mercado. Atualmente, os profissionais dão muito valor ao modelo de Startup e preferem trabalhar nesse tipo de empresa do que qualquer outra.
Startup: que tipo de negócio é esse?
Isso acontece porque a Startup tem um modelo de
negócios diferente, desafiador e que provoca crescimento. Mas como será que
tudo isso funciona? Porque algumas Startups fazem tanto sucesso?
Se você deseja saber um pouco mais sobre o que é
uma Startup e como ela funciona, continue lendo para aprender um pouco mais
sobre este universo.
O que é uma Startup?
Basicamente, o termo Startup designa uma empresa jovem que entra no mercado com uma solução capaz de se desenvolver em um modelo de negócio escalável e repetível.
Portanto, a ideia da Startup é baseada em inovação
e também utilização de tecnologias para melhorar o desempenho para a
possibilidade de um rápido crescimento.
Muitas pessoas confundem uma Startup com qualquer
empresa nova criada e isso pode estar errado. Se uma nova loja de roupas ou uma
lanchonete abrir, elas não serão necessariamente startups a não ser que venham
trazer um novo jeito de consumir e características de um negócio escalável no
médio prazo.
Por isso, a Startup geralmente está ligada a
tecnologia, uma vez que esses são elementos fundamentais para a escalabilidade
de um negócio, mas não é uma regra e nem precisa ser!
Acredito que a mentoria, com um profissional certificado, possa fazer sentido para os empreendedores que quiserem se aventurar por esses caminhos. Deixo aqui a sugestão de um texto sobre a importância da mentoria no meu blog.
Vamos entender melhor as características que fazem
de uma empresa uma Startup.
Características de uma Startup
Existem algumas características que ajudam a
identificar um modelo de Startup. E abaixo nós listamos algumas das mais
importantes desse mercado, todos baseados em inovação.
Perfil
empreendedor de colaboradores
Com relação ao seu time, uma Startup está sempre em
busca de colaboradores que se comportam como donos, que se preocupam com os
próximos passos da empresa, oferecem soluções criativas e correm riscos a fim
de se desenvolver como profissional e trazer bons resultados para a empresa.
Aliado a isso, as empresas tendem a oferecer
incentivos que constroem esse tipo de profissional, como opções de ações da
empresa como parte da remuneração.
Modelo de
negócios
A Startup tem o objetivo de ter um modelo de
negócios simples e de muito valor. A ideia é que seja um negócio repetível.
Essa simplicidade pode ajudar a diminuir os custos de um negócio e torná-lo
altamente lucrativo, principalmente com a possibilidade de escala.
Flexibilidade e
resiliência
Uma Startup vem para ser algo que não existe no
mercado, pelo menos do seu jeito único que faz toda diferença para o
consumidor. Por isso, ela é construída em uma base pouco sólida e de muito
aprendizado, onde os erros viram aprendizados e a empresa é capaz de se
reestruturar e se adaptar de forma muito mais rápida.
Este cenário presente dentro das startups também é
um dos motivos pelos quais elas necessitam de colaboradores com espírito
empreendedor. Quem busca estabilidade e enriquecimento fácil não deve
participar desse tipo de projeto.
Cultura
organizacional muito forte
O modelo de Startup já vem com o entendimento de que as pessoas são o que há de mais valioso na empresa. Por isso, esse tipo de negócio funciona com uma cultura organizacional forte, com diversidade e um clima organizacional jovem, focado na qualidade de vida no trabalho e no desenvolvimento de habilidades. Aqui sugiro a leitura do texto sobre Capitalismo Consciente
Repetição e escalabilidade
É preciso que o modelo de negócio seja facilmente
repetível, ou seja, capaz de entregar o mesmo valor para mais pessoas com
facilidade. Com relação a escalabilidade, é preciso que a Startup consiga
atingir um público maior, ter um crescimento exponencial, sem necessitar de um
aumento de custo proporcional.
Um bom exemplo para explicar isso tudo é a Netflix.
Mesmo que uma franquia de aluguel de filmes seja repetível, como o blockbuster,
isso não significa que ela é escalável, já que para entregar o mesmo valor
precisaria de muitas cópias de um filme.
Com a plataforma da Netflix, muitas pessoas têm acesso
ao mesmo título sem que o custo por isso aumente para a empresa, que por sua
vez recebe seus lucros por meio de assinaturas. Se alguém assiste ou deixa de
assistir, isso não impacta no custo da empresa, pois o que realmente importa é
a assinatura.
Branding
Uma startup sempre desenvolve muito bem o seu branding para associar o seu valor à sua marca. Tudo é muito bem pensado e o posicionamento da empresa é muito claro, também alinhado a sua cultura organizacional, missão, visão e valores.
Alguns exemplos de Startup que são sucesso
Netflix – Uma
das plataformas de streaming mais famosas do mundo, que vende assinaturas para
que seus usuários tenham acesso ilimitado a todos os filmes e séries do
catálogo.
Uber – Plataforma
de transporte e entrega de comida que utiliza economia compartilhada para
oferecer um serviço de qualidade e permitir renda extra àqueles que atuam como
colaboradores.
IFood –
App de entrega de comida que utiliza economia compartilhada para oferecer o
serviço de delivery para todas as empresas que se cadastrarem, oportunidade de
renda extra para entregadores, um catálogo de estabelecimentos para seus
usuários com muita conveniência.
NuBank –
App de banco que oferece cartão e conta gratuitos, sem tarifas ou anuidade.
Produtos de alto valor, alinhados com as necessidades de seus clientes e um dos
pioneiros das startups fintechs no Brasil. Já se tornou uma Startup unicórnio,
com valor de mercado acima de 1 bilhão de dólares.
Airbnb – Startup
do ramo imobiliário que oferece um catálogo de acomodações e experiências para
que usuários e proprietários se conectem, oferecendo preço justo a um e lucro
ao outro. Também baseado no sistema de economia compartilhada.
Acima você viu alguns exemplos de startups que
fazem sucesso no mercado. É interessante perceber como algumas delas (Uber,
Airbnb e IFood) utilizam fundamentos da economia compartilhada para se replicar
e se tornar escalável.
Não sabe o que é economia compartilhada? Este pode
ser um ótimo assunto para você começar a entender um pouco sobre como surgem as
ideias de uma Startup.
Se você gostou deste conteúdo, não se esqueça de
compartilhar para que mais pessoas conheçam esse modelo de negócio e ampliem
seu conhecimento para conseguir melhores oportunidades.
O ESG veio para impactar o mercado de forma positiva em um momento que, tanto a sociedade quanto as empresas, já começam a perceber que se um negócio não for saudável para o mercado e para a sociedade, ele dificilmente vai conseguir se manter de pé.
A importância do ESG dentro das organizações
A sustentabilidade desempenha um papel importante nas empresas. Se um negócio não consegue se manter sustentável ao longo do tempo, as chances são maiores dele não conseguir se manter dentro do mercado.
Mas a sustentabilidade vai muito além do plano de negócios, pois entra em uma esfera maior com um contexto ambiental, social e de governança. E é aí que entra o ESG.
Mas qual realmente é a importância da ESG? Qual o
impacto que isso gera nas empresas? Abaixo nós vamos discutir todos os detalhes
para que você conheça mais sobre este assunto.
O que é ESG?
O ESG é um tripé de sustentabilidade adotado pelas empresas em que cada letra da sigla representa uma categoria. Este conceito representa uma forma das empresas encararem a sustentabilidade
com maior eficiência, fazendo mudanças e promovendo
ações no mundo dos negócios capazes de ter um impacto na sociedade.
A sigla ESG representa três pilares que compõem a
sustentabilidade empresarial, capaz de promover transformações e levando a
perspectiva de análise do negócio além dos resultados financeiros:
E de Environmental (ambiental) – este pilar avalia o impacto ambiental da empresa
e as práticas que a mesma utiliza para conservar o meio ambiente. Aqui são
analisadas as emissões de carbono, poluição do ar e água, desmatamento e até
mesmo as ações que a empresa faz em busca de conscientização da conservação.
S de Social
– O social diz muito sobre como a empresa trata seus colaboradores, como ela se
preocupa com os problemas sociais e que ações ela pratica para diminuir este
impacto. Aqui são analisadas questões de diversidade no quadro de funcionários,
promoção de conhecimento social, criação de projetos que visam melhorar o
entorno, entre outros aspectos.
G de governança – A governança diz respeito à forma como a empresa
é administrada, as condutas corporativas, o bom relacionamento no mercado,
compliance e a transparência do negócio.
A junção desses três pilares é o que faz uma
empresa sustentável além dos seus bons resultados. Por isso, é importante que
eles estejam na estratégia da organização para que ela cumpra com a missão de
ser uma empresa melhor para o mundo e não a empresa melhor do mundo.
Qual a importância do ESG nas empresas?
Em primeiro lugar, deve-se reconhecer que o ESG é importante porque é uma questão urgente e necessária para a manutenção do nosso planeta, para a melhoria das sociedades, de forma social e econônica. Estamos lidando com uma geração que tem cada vez mais consciência social e ambiental. Por isso, é importante questionar e desenvolver formas de governança mais transparentes e eficientes do que as praticadas anos atrás.
Partindo deste princípio, toda organização deve entender que a geração de consumidores está mudando, trazendo um pensamento mais crítico no que se refere ao ato político de consumir. Por isso, é muito importante que a empresa tenha consciência das prioridades do seu público para que continue tendo relevância no mercado.
A geração que em chegando ao mercado é muito mais preocupada com as questões ambientais e sociais e algumas das suas prioridades para eles são:
Conservação do meio ambiente
Diminuição do aquecimento global
Diminuição das desigualdades sociais
Desenvolvimento de talentos
Aumento da qualidade de vida no trabalho
Otimização da performance e resultados
Portanto, é importante entender que o ESG não é mais um “luxo” das grandes empresas para “saírem bonitas na foto”, mas sim que é questão de sobrevivência no mercado. Sugiro aqui também um texto onde falo sobre mentoria, e talvez, possa ser interessante conversar com esses profissionais para ampliar sua visão sobre os grandes impactos do ESG nas organizações.
Os benefícios do ESG para as empresas
O ESG também gera bons lucros. Pode ser que a
implementação seja um pouco mais complicada, por conta da fase de adaptação,
mas no longo prazo estes pilares de sustentabilidade tendem a gerar bons
retornos, seja nos números de faturamento ou no crescimento das oportunidades
de negócio.
Sendo assim, veja alguns benefícios:
Aumento da eficiência da gestão de risco das organizações;
Maior engajamento de consumidores, colaboradores, investidores e a
sociedade em geral;
Aumento do padrão de qualidade e sustentabilidade do mercado,
trazendo benefícios para clientes e colaboradores;
Maior desempenho financeiro no longo prazo com a redução de gastos
e criação de um entorno mais promissor;
Maior espaço, permanência e relevância no mercado;
Aumento da oferta de mão de obra qualificada.
Imagine uma empresa de software que cria um projeto
social com a finalidade de ensinar crianças a programar desde cedo. Este pode
ser um projeto que eleva o pilar social e que pode dar retorno no futuro,
quando talentos são descobertos na sociedade.
Essa criança vai ganhar a oportunidade de
qualificação, um futuro mais promissor e devolver à empresa, além do impacto
social positivo, mão de obra qualificada.
Percebe como todas as ações podem ser elaboradas
para que a empresa tenha mais benefícios além do lucro? Veja a seguir algumas
outras ações exemplos que podem ser desenvolvidas no ESG.
Ambiental
Diminuição da emissão de carbono;
Utilização de embalagens recicláveis;
Utilização de energias limpas e renováveis (solar, eólica);
Economia de água;
Destinação correta aos resíduos.
Social
Realização de projetos sociais para a comunidade local;
Patrocínio e promoção de eventos culturais, sociais e esportivos;
Promoção de conhecimento social a colaboradores;
Quadro de talentos mais diverso e com oportunidades para minorias;
Posição social bem definida.
Governança
Transparência nos processos;
Contratação de parceiros íntegros (fornecedores e colaboradores
terceirizados);
Cultura da empresa bem definida;
Hierarquia bem definida;
Equipe de compliance e auditorias rotineiras.
Muito se pode fazer em uma organização para que ela tenha seu ESG bem definido e seja considerada uma empresa sustentável. Para isso, pode ser interessante que cada empresas busca encontrar qual é o seu propósito como negócio e identificar em que área pode contribuir mais, gerando impactos internos e externos, ou seja, melhorando a vida de quem trabalha na empresa e a todos os stakeholders que se relacionam com seu negócio. Sugiro a leitura do meu texto no meu blog onde falo sobre Capitalismo Consciente e de como podemos pensar em estruturar uma governança corporativa mais consciente.
Conclusão
O ESG é a estratégia da sustentabilidade em ação no mundo corporativo. Além disso, é sempre importante ressaltar que, no cenário atual, todo este conceito passa a ser obrigação para as empresas que desejam se manter vivas no mercado. Você já tinha visto este conceito em algum lugar? O que achou dessa nova ideia de sustentabilidade nas organizações? Deixe seu comentário e compartilhe este post nas suas redes sociais para que mais pessoas tenham acesso a este conhecimento.
Convido conhecerem também meu projeto DROPS da Eli, no meu canal do Youtube, onde falo sobre o ESG na prática.
O que é mentoria de negócios? Como eu posso me desenvolver na jornada empreendedora por meio da mentoria? Saiba tudo sobre esta atividade que valoriza a aprendizagem e a autonomia do(a) empreendeor(a). Saiba mais o porque os empreendedores deveriam procurar a mentoria de negócios.
Mentoria de Negócios – Eliane Davila
Mentoria para empreendedores? Por que devo procurar um mentor ou uma mentora
Essa reflexão não poderia ser mais importante para quem empreende. Laçar-se ao mundo do empreendedorismo é sempre uma aventura maravilhosa, mas é um mundo de incertezas e de desafios.
Não é glamuroso, requer muito trabalho e tomada de decisões. Essa é a vida de quem empreende com negócio próprio ou quem atua no intraempreendedorismo!
No entanto, eu penso que a vida do ser humano pode ficar mais leve se tomamos decisões mais assertivas em nossa vida pessoal e empreendedora.
Por mais de 20 anos trabalhei como intraempreendedora em grandes instituições financeiras. Aprendi muito com essa área no que tange a criar bons relacionamentos com o cliente e auxiliá-los na missão de oferecer um produto financeiro mais adequado ao crescimento das suas empresas ou em projetos individuais. Assim, a mentoria para empreeendedores é essencial.
No início de minha carreira, eu nem sabia exatamente que meu trabalho com meus clientes tinha muito do que hoje chamamos de Mentoria. Mas afinal, o que é mentoria?
1. O que é Mentoria de Negócios?
Os mentores, na realidade, são profissionais que já trilharam muitos caminhos e que podem nos auxiliar no conhecimento de alguns ou obstáculos e desafios que podem surgir ao longo da jornada empreendedora.
Os mentores ou as mentoras de negócios já viveram diversas experiências, acertaram e erraram, e com isso podem contribuir para nos mostrar os caminhos compartilhando seus conhecimentos.
Conforme a ABMEN – Associação brasileira de mentores de negócios , a função dessa associação é “comunicar à sociedade o papel do mentor e sua influência para a maturidade dos negócios”.
Assim, como membra de associados dessa instituição, corroboro com essa ideia de que a mentoria para os empreendedores pode ser um divisor de águas na maturação dos nossos empreendimentos.
É importante deixar claro que o mentor de negócios é orientado para provocar melhorias no negócio que o empreendedor ou empreendedora desenvolve. A mentoria também pode ser para o ser humano que empreende, que nós chamamos de mentoria pessoal.
Além disso, um mentor de negócios não é um coach e nem um consultor, pois diferente nessas profissões, a mentoria de negócios procura provocar respostas no próprio empreendedor/a, ou seja, o mentor de negócios não trará as respostas para o empreendedor/a, fará provocações e auxiliará na busca da melhor alternativa para o seu negócio.
Contudo, o mentor/a não dará as respostas para o empreendedor/a. A busca da melhor decisão virá do empreendedor/a com perguntas provocativas do mentor. A ideia aqui é tornar o empreendedor/a mais autonômo/a e empoderado/a para exercer suas atividades profissionais.
2.Por que é tão importante ter mentoriapara negócios?
Quando penso na importância de se ter um mentor ou mentora de negócios, logo me vem à cabeça a questão de pensar que outra pessoa pode me ajudar a ver o mundo sobre outras lentes. Isso é ótimo!
Posso comentar com vocês que estar aberto ao novo e às novas perspectivas de entender e agir neste mundo é o primeiro passo. Aqui a questão não é de estarmos com os olhos fechados ao que nos rodeia, mas estarmos, muitas vezes, não enxergando, com toda a clareza, as oportunidades e as limitações que são impostas aos nossos empreendimentos.
Além disso, a experiência do/a mentor/a pode trazer novas perspectivas e novas conexões que o farão repensar o seu negócio ou realmente tornar mais claro a sua escolha. As minhas experiências como mentora podem ser compartilhadas e, dessa forma, servir para que o meu mentorado ou minha mentorada tome a decisão mais assertiva possível.
Lembro quando eu comecei a trabalhar, aos 17 anos, eu já tinha pessoas que me auxiliavam na tomada de decisão e essa prática foi fazendo parte da minha carreira profissional.
Com meus clientes, eu acabava reproduzindo o serviço que recebia dos meus mentores pessoais , mas que de alguma forma, eu adaptava para auxiliar meus clientes.
Na verdade, naquele tempo, eu era gerente de relacionamento de clientes, mas a mentoria para empreendedores acabava se misturando às práticas de atendimento ao cliente e nas possíveis ofertas de produtos .
Mentoria de Negócios: abordagem socrática para o desenvolvimento dos negócios
Olha só, devo dizer que, como um médico ou uma médica, o primeiro passo é ouvir o cliente, pois ele tem alguns sintomas que o aflige, mas muitas vezes não sabe a causa desses sintomas.
Dessa forma, por exemplo, um cliente pode ter uma dúvida ou um problema a resolver, mas não saber exatamente o que originou essa prática e nem as oportunidades para solucioná-lo.
Chamados isso de anamnese em medicina, mas, em realidade, a analogia serve muito bem para nosso trabalho de mentoria. O profissional de mentoria de negócios tem uma missão de descobrir o que pode estar acontecendo e provocar as reflexões adequadas para que o mentorado encontre suas próprias escolhas.
É importante destacar que o Mentor ou a Mentora de Negócios que, assim como eu, são associados à ABMEN, possuem um método a ser seguido durante a seção de mentoria, com início, meio e fim. Assim, você que contrata um profissional de mentoria, tenha sempre em mente que existem diversos profissionais no mercado e buscar um profissional qualificado é sempre a primeira coisa a ser feita. Busque um profissional certificado para lhe ajudar na jornada empreendedora.
O principal método disponibilizados pela ABMEN sugere uma mentoria socrática, fudamentada na filosofia de Sócrates, que inspira o mentorado a encontrar suas próprias respostas. O mentor ou a mentora está à serviço do mentorado, facilitando o processo de encontro dessas respostas.
4. Quem é o mentor ou a mentorade negócios?
Como já comentei antes, o mentor ou a mentora é aquele que inquieta o mentorado, ou seja, aquele o que faz pensar e encontrar soluções diferentes e novas oportunidades, assim como, proporciona conexões e interações com o ecossistema que o empreendedor ou empreendedora está inserido/a.
Além de ter um bom método de trabalho, o mentor ou a mentora deve ter um networking bem amplo para poder apresentar novas conexões ao mentorado/a no que tange a parcerias e oportunidades no ecossistema.
Além disso, o/a mentora de negócios deve ser aquele profissional que tem experiência de mercado e que pode trazer, por meio de exemplos já vivenciados, algumas reflexões importantes para que o emprenededor/a possa tomar a decisão mais assertiva no seu negócio. Saliento que a tomada de decisão é do/a mentorado/a mesmo! Mentores não tem fórmulas prontas e não decidem pelo/a mentorado/a. A proposta é trazer aos mentorados uma visão de fora, uma forma de enxergar seu negócio sob outro ângulo.
Outro ponto que eu gostaria de destacar é a importância de utilizar ferramentas disponíveis no mercado para, por exemplo, descobrir o modelo de negócio do/a mentoriado/a. Existem diversas ferramentas, técnicas, procedimentos, metodologia, oportunidades para sermos mais criativos e escolhermos nossa melhor trilha no nosso negócios.
Dessa forma, ao contratar um profissional de mentoria de negócios, verifique se ele/a é qualificado/a, certificado/a nas áreas que você precisa de alguma mentoria. Aqui também sugiro o portfólio da ABMEN Academy para quem quer se especializar em mentoria para empreendedores.
Além disso, acredito que a empatia com o mentorado ou mentorada é fator decisivo para que a seção flua de forma mais produtiva e assertiva.
A mentoria de negócios auxilia no desenvolvimento humano e na construção de empreendimentos mais sustentáveis.
5. Conclusão
O/ A empreendedor/a busca a resolução de algum problema no seu negócio na mentoria. Busca uma visão diferente para complementar seu pensamento.. A jornada empreendedora não é solitária, como muitos pensam. Contratar um mentor ou uma mentora pode tornar mais leve essa trilha em busca de melhorias nos seus negócios.
Normalmente, o mentorado ou mentorada acredita que poderá sair de uma seção de mentoria com a solução para os seus problemas, mas nem sempre isso acontece. A mentoria para empreendedores não é receber as respostas prontas. Confesso que, muitas vezes, nas minhas seções de mentoria, eu saia cheia de ideias, mas sem ter tomado a decisão final. Isso é super normal mesmo porque o mentor ou mentora vai fazer perguntas provocativas que vão fazer com que muitas ideias venham à sua mente. Muitos insigths , refexões e muito conhecimento são gerados a partir de uma seção de mentoria. qualificada. Os mentores, de forma geral acabam sendo pessoas inspiradoras para os mentorados.
Conforme a ABMEN, na mentoria de negócios os “profissionais de mentoria somam suas experiências e competências colaborando positivamente para o desenvolvimento sustentável do ambiente de empreendedorismo e para a economia como um todo“.
O empreendedor ou a empreendedora, pode ter certeza, de que procurar uma mentoria de negócios para trazer atalhos para sua jornada empreendedora irá agregar muito no processo de aprendizagem.
Todos nós, empreendedores sabemos do desafio grandioso que é estar empreendendo é , muitas vezes, seguir em uma estrada obscura e, dessa forma, a mentoria pode auxiliar o empreendedor ou a empreendedora a se preparar para essa caminhada, tomando as decisões mais assertivas para o seu negócio. Em cada seção, o empreendedor ou empreendedora deve sair com um plano de ação orientada para a busca de melhorias no seu negócio.
O caminho do desenvolvimento é árduo, mas com a mentoria ele pode ficar mais leve. Caso tenha gostado da ideia de realizar uma seção de mentoria, não deixe de me contatar. Eu ficaria muito feliz em poder agregar valor a você e ao seu negócio.
Por que procurar a mentoria de negócios?
A mentoria de negócios é uma opção de aprendizado e autonomia para o(a) empreendedor(a). É um momento de colaboração e crescimento para o (a) empreendedor(a).
Quem é o mentor ou a mentora de negócios?
Os mentores de negócios são pessoas que possuem bagagem profissional em determinadas áreas e podem ajudar os mentorados a passar pelos desafios do mundo corporativo
Qual a diferença entre mentoria e consultoria?
A mentoria gera autonomia para o empreendedor, pois o mentor não dará as respostas , mas ele ajudará o mentorado a encontrar suas próprias respostas. Na consultoria, o empreendedor recebe o passo a passo das informações para serem implantadas no seu negócio.
O que é um plano de ação?
Os planos de ação são os aprendizados a partir da mentoria. São o nosso tema de casa para tornar-se um agente de transformação do seu entorno.
Eliane Davila
Ph.D em Processos e Manifestações Culturais
Pesquisadora do Empreendedorismo Feminino
Embaixadora Certificada do Capitalismo Consciente
Mentora de Negócios da ABMEN
Presidente da Associação de Administradores do Vale do Sinos – AVS
Hoje a reflexão parte do princípio de que estamos desconectados com a natureza. A sustentabilidade tem relação com a manutenção da vida humana no planeta. Digo que estamos desconectados porque vivemos em um mundo ainda com tantas desigualdades sociais e falta de cuidado com o planeta. Muitas pessoas que se dedicam ao empreendedorismo não levam em conta a sustentabilidade em suas condutas. Parece que a racionalidade humana deixou as pessoas distantes do que as constitui. Vivemos em um turbilhão de fragmentações: eu e os outros, eu e o planeta, eu…, eu… e mais eu.
Pensar que sustentabilidade tem a ver com a manutenção da vida no planeta requer a quebra de paradigmas. O comportamento do ser humano levou a humanidade à destruição, à morte, às guerras, às desigualdades e ao pensamento individualista. Nossa falta de conexão com a natureza e com o pensar sustentável, levou mais crianças a citarem tipos de Pokémons a nomearem as principais espécies de animais existentes no planeta terra.
Curiosamente, com este distanciamento da natureza, há um distanciamento de si, ou seja, cada vez mais estamos mais racionais e menos sintonizados com o nosso sistema biológico. Distanciar-se do que nos torna mais vivo é o que acontece na maioria das sociedades e isso contribui para que o ser humano se distancie da sua própria essência.
Dessa forma, o pensar racional que não considera as diversas dimensões humanas nos afasta do conceito da sustentabilidade . A sustentabilidade inicia com o olhar interno, identificando o tipo de mindset que temos frente ao mundo. É interessante, que observando a humanidade, ao longo do tempo, as pessoas amadureceram, cresceram, evoluíram, desconectaram-se e adoeceram.
Estamos em um momento que necessitamos fazer a jornada de cura interna para que nossas ações empreendedoras estejam conectadas com a sustentabilidade.
Perceber que o pensar sustentável no empreendedorismo inicia, dessa forma, com a jornada interna, do empreendedor e da empreendedora, na quebra de seus próprios paradigmas. Enquanto não houver conexão com nós mesmos, a sustentabilidade, em nossos projetos e empresa, estará no campo discursivo. A prática da sustentabilidade dentro de nossos negócios é uma consequência das nossas visões de mundo e de nossas atitudes. As ações sustentáveis no empreendedorismo sugerem que essa perspectiva faça parte das estratégias das empresas, assim como estejam incorporadas na cultura organizacional.
Pensar a sustentabilidade como um sistema orgânico, que conecta as pessoas à vida e à resignifição dos nossos posicionamentos, no empreendedorismo, é acreditar que a sustentabilidade relaciona-se com o princípio do equilíbrio que gera qualidade de vida para as pessoas e para todos os que se relacionam com nossas empresas. A sustentabilidade e o empreendedorismo devem estar conectados.
Termino esta reflexão dizendo que a quebra de paradigma para o desenvolvimento sustentável, nos nossos projetos, parte do nosso protagonismo em equilibrar nosso olhar empreendedor, frente ao desenvolvimento socioeconômico, político e cultural ligado à preservação do meio ambiente, no intuito de construir um mundo melhor para todos nós. Desenvolver a sustentabilidade nos leva a satisfazer as necessidades presentes, sem comprometer as gerações futuras.
O empreendedorismo, a partir dessa reflexão, pode ser aplicado para definir projetos que combinam a geração de riquezas com o desenvolvimento consciente do meio social e ambiental. Pense nisso e ótimos negócios!
Essa última semana eu fiz um post nas redes sociais que falava sobre a indissociabilidade da pessoa que empreende e do seu empreendimento.
Isso mesmo! No mundo corporativo existe humanidade. Existem sentimentos, afetos e emoções. O que ocorre é que, a maioria dos empresários, não considera todas as dimensões humanas dentro das organizações. É muito incoerente isso: fragmentar o ser humano como se pudéssemos separar a persona profissional da pessoal.
Eu lembro, lá nos anos 90, quando iniciei minha carreira profissional, em um dos primeiros trabalhos que realizei, meu líder me disse: “Eliane, aqui você deve “vestir a camiseta” e seus problemas pessoais devem ficar em casa”. Ouvi essa frase e pensei: como vou realizar essa demanda de me fragmentar em profissional e pessoal? Como eu faço isso?
Essa frase seguiu comigo desafiando minhas crenças e me instigando a repensar sobre os modelos de gestão tão cruéis com os colaboradores. Na verdade, estas reflexões são fundamentais para qualquer empresas ou empresário/a. Não é possível adiar mais esta pauta! É agora!
1.1 Começando a mudar
Lendo o livro Empresas que Curam, de Raj Sisodia & Michael Gelb, me levou a reavivar esta conversa com você, caro/a leitor/a. O livro traz uma série de histórias de empresas que inspiram e que estão tornando possíveis feitos maravilhosos no mundo corporativo. Como já falei em outras reflexões, o protagonismo das instituições é fundamental para vermos as mudanças acontecerem, na prática.
A história do capitalismo não foi a coisa mais linda de se ver. Muitas ações foram realizadas em prol do desenvolvimento econômico e social , mas entendo que, entre tantas coisas, a visão mais humanizada nas organizações ficou negligenciada, trazendo influências marcadas pela violência, imposição, poder, competição e egoísmo.
“As influências tóxicas do meio corporativo deixaram marcas e sofrimento nas pessoas”.
O ethos da maioria das instituições mostram empresas que correm muito atrás do lucro e desconsideram as outras relações possíveis dentro desses ambientes. Este é o mundo que você quer deixar para a prosperidade?Qual o legado de sua empresa? Ganhar dinheiro?
1.2 Elevando a consciência
Será que não temos outra maneira de nos relacionar nas organizações? Será que pessoas e organizações não são a mesma coisa? Claro que sim! Não tenha dúvida!
Empresas são pessoas, clientes são pessoas, stakholders são pessoas e a comunidade são pessoas. Esta é a chave para a elevação da consciência. A dimensão humana, por muito tempo esquecida, está retornando, aos poucos, para a relevância necessária dentro das empresas.
Percorrendo algumas literaturas sobre os negócios e lideranças, como comentam Sisódia e Gelb, existem livros que reforçam a sociopatia nos negócios. Uma sociopatia que considera a empresa sem as pessoas. Uma ideologia que torna o ambiente corporativo repleto de competição, guerras de poder e vaidades. Neste tipo de ambiente fica difícil valorizar as pessoas. Falta confiança e respeito mútuos.
Um líder lidera pelo exemplo e não pela força . Essa é a minha perspectiva também. Líderes tomam decisões difíceis, mas as tomam de forma consciente , com benevolência e gentileza em um equilíbrio entre a tenacidade e a sagacidade diz Sisodia e Gelb.
“É preciso entender que é possível promover crescimento nos negócios e servir à sociedade e ao planeta. Isso é recuperar a sanidade no mundo corporativo”.
A elevação da consciência está em acreditar firmemente que se melhorarmos a vida das pessoas que trabalham com a gente e focarmos na busca de melhorias para a nossa comunidade, encontrando soluções sustentáveis, estaremos em sinergia com nossos consumidores, sociedade e funcionários, nosso acionista vai ter resultados consistentes nas nossas empresas.
1.3 Empoderando pessoas
A missão da empresa também deve ser empoderar as pessoas. Essa atitude também as fará gerar lucro!! As empresas devem ter responsabilidade moral com cada indivíduo. Hoje, sabe-se que este posicionamento de gerar riqueza e beneficiar a todos que são impactados pelas nossas organizações. Isso é possível!
Uma liderança realmente humana é medida pela forma como curamos e empoderamos as pessoas. Tudo que acontece no mundo é responsabilidade nossa. Todo o desrespeito com o meio ambiente, com as desigualdades sociais e de gênero originaram-se da lacuna de humanidade cada ser humano.
“As organizações podem fazer algo diferente! As empresas podem ser protagonistas de uma transformação social”.
O mesmo olhar que temos para geração de lucros, é o mesmo olhar que precisamos ter com as pessoas. Sabemos que o que precisamos é o equilíbrio. Sabemos que esse olhar para as pessoas reduzirá o sofrimento humano, pois em grande parte das empresas, vemos a doença, o stress e a falta de qualidade de vida.
“Empoderar pessoas é construir caminhos possíveis para que ela se desenvolva“.
É pelo trabalho que desenvolvemos nossa identidade e nos tornamos capazes de exercer nossa autonomia em uma perspectiva biosocioantropológica do ser humano.
É hora de favorecer nossa vida e a da vida das pessoas que trabalham com a gente. É hora de acreditar que nossas empresas são pessoas e que elas precisam estar bem para apoiar nosso propósito maior, em uma cultura mais consciente e com líderes mais humanizados. A sociedade, os stakeholders e o nosso planeta precisam de nós, empresas que tornar a transformação mundial possível.
É possível pensar nossas empresas para além do lucro?
Sim. Empresas do futuro se preocupam com o lucro , com as pessoas e com o planeta.
Por onde eu começo a mudar?
O começo de tudo acontece dentro da gente, com uma ampliação de consciência de que estamos todos conectados no mundo e que empresas são pessoas.
Por que a liderança dentro das organizações é tão importante?
Porque é ela que inspira as mudanças de cultura, de estratégia e pensamento organizacional. Todos nós somos líderes dentro das organizações. Todos nós somos influenciadores nas nossas empresas.
Por que as empresas são tão importantes para a transformação do mundo?
As empresas podem acelerar as transformações socias, econômicas e trazer um novo jeito de investir e fazer negócios mais conscientes no Brasil e no mundo.
Eliane Davila
Ph.D em Processos e Manifestações Culturais
Pesquisadora do Empreendedorismo Feminino
Embaixadora Certificada do Capitalismo Consciente
Mentora de Negócios da ABMEN
Presidente da Associação de Administradores do Vale do Sinos – AVS