Quando foi a última vez que você fez algo pela primeira vez? Saiba que, a cada novo aprendizado e conhecimento adquirido, você está realizando algo pela primeira vez. Mergulhar em novas ideias e conceitos é uma forma de estimular o raciocínio, o pensamento crítico e ainda aumentar as habilidades e sua visão de mundo. O Lifelong Learning é sobre ser um aprendiz ativo ao longo da jornada, seja em qualquer lugar ou âmbito da vida.
O aprendizado está disponível nos desafios do dia a dia, nas palestras, nos cursos, em vídeos e podcasts ou até mesmo em uma conversa na mesa do bar.
Sendo assim, o Lifelong Learning está ligado a uma atitude, a qual o sujeito está sempre aberto e flexível a novos aprendizados.
Hoje em dia, a duração das carreiras são cada vez maiores, além de se falar muito sobre a longevidade. Em contrapartida, as mudanças e a constante transformação são aspectos fundamentais dessa nova realidade, pois as carreiras aumentaram na medida em que as possibilidades de atuação também aumentaram.
Com isso, o Lifelong Learning traz uma nova perspectiva dos modelos tradicionais de aprendizado e de atuação no mercado. Para os adeptos a essa “filosofia de vida”, as oportunidades são inúmeras e só tendem a aumentar ao decorrer dos anos.
Quer se aprofundar no assunto e saber como tudo isso funciona? Neste post iremos te mostrar como o Lifelong Learning funciona na prática e qual o seu impacto para o mercado de trabalho e o desenvolvimento pessoal.
O que é Lifelong Learning?
O termo lifelong learning – aprendizado ao longo da vida – teve origem nos anos 70 por meio da união de três grandes órgãos mundiais: Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e o Conselho Europeu.
O conceito busca principalmente romper com o modelo de educação tradicional, mecanicista e com tempo de duração, o qual limita o ser humano em suas infinitas possibilidades de aprendizado ao longo da vida.
A ideia de adquirir conhecimento ao longo da vida, como um processo contínuo, é uma forma ainda mais democrática de aprendizado e de desenvolvimento.
O Lifelong Learning é representado pela instituição A Lifelong Learning Council Queensland(LLCQ) que abarca 4 pilares fundamentais, os quais veremos abaixo.
Aprender a conhecer
O primeiro pilar está ligado a uma perspectiva interior, uma abertura ao aprendizado contínuo e a forma como o sujeito está disponível ao conhecimento, de forma ativa e questionadora.
Ou seja, aprender a conhecer é a forma como as pessoas obtêm prazer no conhecimento, de forma sempre curiosa e aberta a novas perspectivas.
Neste pilar, é onde há o estímulo ao senso crítico, a posicionamentos divergentes, reflexão e confronto de ideias.
Aprender a fazer
O segundo pilar está relacionado às práticas do dia a dia, a forma como o indivíduo responde à capacidade de adaptação de forma flexível e como lidar da melhor forma em situações diversas e imprevisíveis.
Tudo isso está ligado a uma boa comunicação com as pessoas, proatividade, bom relacionamento interpessoal e várias outras habilidades que advém do lifelong learning.
Aprender a conviver
O terceiro pilar é justamente sobre a capacidade de conviver em grupos plurais, diversos e dinâmicos.
Saber solucionar conflitos da melhor forma possível e poder se adaptar a diferentes formas de convívio é também uma importante ferramenta de aprendizado.
Aprender a ser
Aprender a ser é o último pilar do lifelong learning, o qual reúne todos os outros pilares a fim de unificar o perfil do indivíduo.
Saber ser é introjetar todos os pilares anteriores e adquirir autonomia para desenvolver um pensamento crítico ativo, responsabilidade social, e absorver o interesse genuíno pelo conhecimento contínuo.
Diversidade para o conhecimento
O mundo contemporâneo é movido por mudanças, no qual devemos estar sempre dispostos a aprender, reaprender e se adaptar a novos modelos de conhecimento, de mercado e até mesmo de estilo de vida.
A ideia de que existe um tempo pré-determinado para o aprendizado, ou de que o conhecimento deve ser adquirido apenas na juventude é uma ideia limitante, segregadora e que impossibilita com que grandes gênios perpetuem seu conhecimento para o mundo.
José Saramago, grande escritor português, começou a se dedicar à literatura e escrever seus primeiros livros aos 60 anos de idade.
Bill Clinton, ex-presidente dos Estados Unidos, começou a estudar as partículas físicas aos 68 anos de idade, assim como Charles Darwin, que dedicou toda sua vida ao conhecimento, registrando sua primeira grande obra e descoberta aos 50 anos.
Dessa forma, é possível encarar o lifelong learning como uma grande ferramenta que amplia as capacidades do ser humano em todos os seus níveis.
Lifelong Learning aplicado às empresas
O Lifelong Learning é talvez um dos requisitos mais abordados pelo meio corporativo atual. Cada vez mais, o que nos difere no mercado de trabalho vai muito além do conhecimento técnico, pois as habilidades humanas e comportamentais, conhecidas também como soft skills, são cada vez mais requisitadas.
O modelo tradicional de aprendizado limita o sujeito no mercado atual, que requer uma equipe em constante movimentação, com novos treinamentos, novos cursos e novas demandas de performance no ambiente de trabalho.
O lifelong learning, além de contribuir de forma significativa para produtividade das equipes, também desenvolve novas habilidades nos indivíduos e potencializa as habilidades já existentes, pois estimula a busca pelo desenvolvimento e qualificação.
Com isso, abre-se espaço para criatividade, para a melhora na comunicação e interação pessoal dentro da organização, na gestão de conflitos e problemas internos, além de possibilitar a diversidade de todas as formas.
Conclusão
Agora que você já sabe como funciona o Lifelong Learning, é preciso abraçar este conceito e começar a desenvolvê-lo na prática.
Contudo, é importante estar sempre atento e disponível às novas oportunidades de aprendizado, seja no mercado de trabalho ou nos outros âmbitos da vida. E para isso é necessária uma postura lifelong learner.
A educação tradicional já não sustenta as demandas da atualidade, pois é preciso ir além e manter uma constância de aprendizado ao longo da vida, que possibilite uma vivência mais diversa, adaptável e principalmente ativa, em todos os seus sentidos.
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