Em um certo momento da minha trajetória no mundo corporativo, eu ocupava um cargo de liderança geral de uma instituição financeira. Depois de um tempo nessa posição, senti necessidade de aprender algo diferente, ter novas experiências, buscar novos horizontes.
O dia que troquei um cargo de liderança para fazer atendimento ao cliente.
Conversando com a minha gestora sobre isso ela me disse que a oportunidade em aberto era para ser gerente pessoa jurídica de grandes empresas. A ideia me chamou muito a atenção, porque não havia trabalhado somente com empresas de grande porte até então, pois com o cargo de liderança geral eu lidava com situações de diversos clientes.
Impulsionada por essa energia de querer mudar, aceitei a oportunidade em aberto e sai da posição de gestão de pessoas para voltar a exercer um cargo de gerente de relacionamento. O que eu mais recebi dos meus colegas foram perguntas como “Eliane, tu está louca?””Tu vai largar teu cargo de liderança para voltar a ser gerente de relacionamento?”. E eu dizia “Sim”, muito certa da minha decisão e me desprendendo do título de um cargo. Lidar com novos desafios, enxergar as coisas por outro ângulo era o que importava pra mim.
Essa troca de rota foi muito legal para a minha caminhada, pude ver a instituição por outro prisma. E sabe o que aconteceu depois que comecei nessa nova posição? Recebi muitos convites de colegas querendo conversar comigo para saber como tinha sido minha troca de cargo. Não só isso, alguns deles acabaram fazendo o mesmo movimento que eu, mudando de posição para aprender coisas novas.
Somos seres em movimento. Evoluímos e encontramos novos propósitos. Se nos prendermos a cargos e títulos, só vamos interromper esse fluxo tão bonito que é a vida. Somos tão acostumados com o modelo vertical de pensar que esquecemos que a vida é horizontal, é vai e vem, cai e levanta.
Espero que esse texto inspire você também, assim como inspirou meus queridos colegas na época!
Compartilhei aqui recentemente um texto contando sobre quando eu deixei um cargo de liderança para atuar em atendimento ao cliente, dentro da mesma instituição. Acontece que a minha decisão não foi baseada em plano de carreira ou na busca por um salário superior, eu procurava mais felicidade no trabalho. Precisava de desafios, e fui em busca deles.
Felicidade nas empresas
Talvez por isso a minha decisão tenha espantado meus colegas, porquê achamos normal abdicarmos nossa felicidade e bem-estar em nome de um cargo maior. Mas, assim como eu, muitas pessoas estão se movimentando em busca dessa felicidade corporativa.
A pandemia trouxe essa sentimento, de urgência em ser feliz, fez as pessoas perceberem o quanto seu trabalho estava ligado a sua felicidade. É também por isso que esse tema começou a ser levantado nas empresas, existe até um cargo voltado para isso agora, o Chief Happiness Officer (CHO).
Isso mostra que estamos no caminho mas, por outro lado, os altos indicadores em doenças mentais como burnout, ansiedade e depressão revelam que temos uma jornada longa pela frente. Ainda banalizamos a ansiedade, o estresse e a falta de segurança psicológica, normalizando ambientes tóxicos e infelizes.
Uma pesquisa do McKinsey Insights de setembro de 2020, mostrou que 70% das pessoas encontram seu propósito por meio do trabalho. E é isso que as empresas e os líderes precisam entender, enxergar o trabalho como algo muito maior do que só o ganha pão, ou com o único objetivo de maximizar o lucro e retorno aos acionistas.
O que é a felicidade no trabalho, afinal? Ela vai muito além dos ambientes coloridos, das festas, dos benefícios e das mesas de sinuca. É sair do que é tangível para fazer os colaboradores sentirem, podendo serem quem são.
Com certeza, é uma desafio, pois cada indivíduo é único e se sentirá feliz de maneiras diferentes. Por isso, é preciso começar focando no trabalho de cada um e também em suas relações. Descubra quais são os valores do seu colaborador.
De uma maneira geral, existem fundamentos que trazem mais felicidade para o trabalho, como: salários justos; oportunidade de desenvolvimento; segurança psicológica; senso de pertencimento; afeto e gratidão por parte dos líderes.
Uma pesquisa da Harvard Business Review mostrou que funcionários infelizes têm 18% menos produtividade, geram 16% menos lucro, provocam um aumento de 49% nos acidentes no trabalho e aumentam em 37% os índices de absenteísmo. Investir em felicidade corporativa não é só o certo a se fazer, mas o que vai gerar a sustentabilidade do negócio a longo prazo.
E lembra da história que contei no início do texto? Depois de mim, muitas pessoas da instituição que eu trabalhei também trocaram seus cargos em busca de novos desafios, é porquê a felicidade é contagiante.
Liderar é uma arte e exige muito mais do que conhecimentos técnicos. É preciso cada vez mais humanizar as empresas e estar em sinergia com um propósito em comum.
Em tempos de capitalismo consciente, saber liderar é uma arte e vai muito além do que seguir conceitos clássicos de gestão de empresas. A liderança atual exerce um papel mais centrado na humanização, deixando um pouco de lado os processos de negócios e direcionando os esforços para o ser humano. Sendo assim, neste artigo eu trago algumas reflexões e apontamentos sobre o assunto e a importância dos líderes no desenvolvimentos de equipes mais sinérgicas e com propósitos maiores do que meramente o lucro.
Liderar é uma arte
Muito mais do que um papel de destaque e um lugar de prestígio dentro
das empresas, o líder exerce um papel de mediador, influenciador e
principalmente um papel humano, que demanda alteridade e características que
vão além da boa gestão.
Um dos grandes erros das gerações passadas é a idealização dos líderes
como pessoas rígidas, que são isentas ao erro e inflexíveis.
A liderança humanizada e consciente vem para ultrapassar todos esses
antigos moldes e estabelecer uma nova perspectiva dentro das empresas de
sucesso: o impacto de uma liderança integrada à equipe, com propósito e
inspiração para os colaboradores.
O sucesso econômico é importante, porém deve ser pensado como um fator complementar e não como o grande objetivo da empresa, pois só assim é possível estabelecer uma liderança consciente e desenvolver o humano cada vez mais.
Com a pandemia da Covid-19, muitos anseios e muitos ideais mudaram na
sociedade contemporânea, pois as pessoas reformularam suas prioridades e a
demanda corporativa também se transformou.
Pensar em uma liderança que aborda uma esperança de futuro, que
contemple as necessidades da equipe e que as valorize é quase um pré-requisito
para empresas que buscam seu lugar no mercado promissor atual.
Pensando nisso, neste post iremos falar sobre o conceito de liderança,
quais suas implicações no capitalismo consciente e
quais são os seus impactos positivos para o desenvolvimento e sucesso humano.
O que é Liderança?
A liderança pode ser definida como um conjunto de habilidades que
incluem motivar, inspirar, conduzir e influenciar pessoas, com intuito de
alcançar os objetivos da empresa e também da equipe.
Porém, o que vemos na maioria das vezes são gestões autocráticas, onde
as decisões são tomadas à luz de propósitos individuais e que não valorizam as
expectativas da equipe como um todo.
Pensar no conceito de liderança como algo
integrativo, que valoriza as habilidades de cada colaborador na equipe e
que respeita a subjetividade de cada um é imprescindível para um mundo com
lideranças mais humanizadas.
Liderar deve ser visto como algo que ultrapassa a gestão, mas envolve
uma conjuntura de fatores comportamentais e um propósito maior.
Uma liderança humanizada envolve motivação e inspiração para os
funcionários, além de ocupar um papel de facilitadora no processo
corporativo.
Conhecer verdadeiramente a equipe, estimular as habilidades de cada um e
integrar os propósitos da equipe e da organização como metas são algumas das
características que se espera de uma liderança humanizada e consciente.
Liderar é algo que atravessa várias gerações e carrega junto a sua história vários modelos diferentes, como algo que vai se transformando ao longo dos tempos. Você já deve ter se deparado com histórias de chefes rígidos, que governavam por meio da imposição do medo e que na maioria das vezes representava uma figura aversiva para os funcionários. Pois saiba que essa representação de liderança é algo que ficou no passado e apesar de ainda ser muito recorrente, não tem mais espaço para o mercado do futuro.
A liderança humanizada é uma nova perspectiva que acompanha as novas gerações, que já estão inseridas no mercado de trabalho e buscam por um mundo mais consciente em todos os sentidos.
Liderança e o Capitalismo Consciente
O capitalismo consciente é um tema que ganha cada vez mais espaço na
sociedade e está presente nos debates corporativos com frequência. O
capitalismo consciente vai questionar e reformular a grande máxima do
capitalismo: o lucro.
A ideia central do capitalismo consciente não é
se contrapor ao capitalismo, mas sim reformular e transformar a forma como ele
opera na sociedade, integrando o bem-estar das pessoas, do mundo e a sociedade
como um todo, pensando nos impactos positivos que uma organização pode causar.
A liderança consciente faz parte dos 4 pilares centrais do capitalismo
consciente, que além da liderança, inclui uma cultura consciente, um propósito
maior e a integração de stakeholders.
Ou seja, para que o capitalismo consciente seja possível é necessário
que exista lideranças conscientes, principalmente em um momento onde há uma
quebra nos padrões da economia e uma crescente tendência ESG no
mercado. Todas essas temáticas estão interligadas e compõem o mercado do
futuro.
As empresas são compostas por pessoas, logo, a engrenagem principal das organizações são humanos. Empresas conscientes são reflexos de pessoas e lideranças conscientes, pois um elemento sustenta o outro e se complemeta.
A importância da
liderança consciente
John Mackey e Raj Sisodia, uns dos grandes autores sobre o capitalismo
consciente, apontam que para ser um bom líder é preciso primeiramente se tornar
um bom servidor, trazendo a ideia de integração dos líderes a todo o restante
da equipe, em uma posição de igualdade.
Além disso, a liderança consciente reflete uma equipe muito mais
inspirada, engajada com os propósitos da organização e até mesmo uma cultura
organizacional muito mais forte, que a diferenciam de todas as outras empresas.
Desenvolver uma liderança consciente é investir no sucesso humano, pois o
êxito das empresas não está somente no poder de mercado e na lucratividade, ao
contrário do que muitos imaginam.
Sendo assim, é importante ressaltar o novo líder não como alguém
disponível somente à demanda da empresa, mas sim disponível às demandas pessoais e
profissionais de todos os colaboradores, pois o líder deve estar
em sinergia com um propósito comum e não individual.
Todas essas ideias de unicidade, coletivo e bem comum fazem parte da
filosofia do capitalismo consciente e que se estendem para a liderança
consciente.
Em épocas como essas, de estresse incessante e uma sobrecarga na
sociedade, a liderança consciente ocupa um papel ainda mais vital no mundo
contemporâneo.
Conclusão
Liderar é acima de tudo inspirar e estimular o melhor de cada um dentro
das organizações.
Contudo, é preciso romper com antigos ideais de hierarquia e com a visão
limitante de liderança, que por muito tempo permeia o mercado
corporativo.
Dessa forma, se faz necessário buscar por lideranças mais humanizadas,
que valorizem todos os colaboradores e suas potencialidades e ofereça
oportunidades para seu desenvolvimento pessoal.
A liderança baseada na confiança e no cuidado faz parte das novas
demandas para uma sociedade livre em todos os seus aspectos. Transformar o “eu”
por “nós” dentro das organizações é o pilar principal para toda e qualquer
transformação no mundo.
O que é liderar?
A liderança de hoje tem o conceito de servir, de inspirar e estimular os colaboradores a serem suas melhores versões.
O que é Capitalismo Consciente?
É um novo jeito de fazer investimentos e negócios no mundo
O que é gestão humanizada?
Liderar inspirando os colaboradores a serem melhores e e garantir o seu bem estar e performance.
Que competências os novos líderes devem buscar?
Além dos conhecimentos técnicos, os líderes devem buscar a empatia, a gestão flexível e o amor nas relações corporativas.
Quando foi a última vez que você fez algo pela primeira vez? Saiba que, a cada novo aprendizado e conhecimento adquirido, você está realizando algo pela primeira vez.Mergulhar em novas ideias e conceitos é uma forma de estimular o raciocínio, o pensamento crítico e ainda aumentar as habilidades e sua visão de mundo. O Lifelong Learning é sobre ser um aprendiz ativo ao longo da jornada, seja em qualquer lugar ou âmbito da vida.
Lifelong Learning: ser um aprendiz ao longo da vida
O
aprendizado está disponível nos desafios do dia a dia, nas palestras, nos
cursos, em vídeos e podcasts ou até mesmo em uma conversa na mesa do bar.
Sendo
assim, o Lifelong Learning está ligado a uma atitude, a qual o sujeito está
sempre aberto e flexível a novos aprendizados.
Hoje
em dia, a duração das carreiras são cada vez maiores, além de se falar muito
sobre a longevidade. Em contrapartida, as mudanças e a constante transformação
são aspectos fundamentais dessa nova realidade, pois as carreiras aumentaram na
medida em que as possibilidades de atuação também aumentaram.
Com
isso, o Lifelong Learning traz uma nova perspectiva dos modelos tradicionais de
aprendizado e de atuação no mercado. Para os adeptos a essa “filosofia de
vida”, as oportunidades são inúmeras e só tendem a aumentar ao decorrer dos
anos.
Quer se aprofundar no assunto e saber como tudo isso funciona? Neste post iremos te mostrar como o Lifelong Learning funciona na prática e qual o seu impacto para o mercado de trabalho e o desenvolvimento pessoal.
O que é Lifelong Learning?
O
termo lifelong learning – aprendizado ao longo da vida – teve origem nos anos
70 por meio da união de três grandes órgãos mundiais: Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Organização das Nações Unidas
para Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e o Conselho Europeu.
O
conceito busca principalmente romper com o modelo de educação tradicional,
mecanicista e com tempo de duração, o qual limita o ser humano em suas
infinitas possibilidades de aprendizado ao longo da vida.
A
ideia de adquirir conhecimento ao longo da vida, como um processo contínuo, é
uma forma ainda mais democrática de aprendizado e de desenvolvimento.
O
Lifelong Learning é representado pela instituição ALifelong Learning Council
Queensland(LLCQ) que abarca 4 pilares fundamentais, os quais veremos
abaixo.
Aprender a conhecer
O
primeiro pilar está ligado a uma perspectiva interior, uma abertura ao
aprendizado contínuo e a forma como o sujeito está disponível ao conhecimento,
de forma ativa e questionadora.
Ou
seja, aprender a conhecer é a forma como as pessoas obtêm prazer no
conhecimento, de forma sempre curiosa e aberta a novas perspectivas.
Neste
pilar, é onde há o estímulo ao senso crítico, a posicionamentos divergentes,
reflexão e confronto de ideias.
Aprender a fazer
O
segundo pilar está relacionado às práticas do dia a dia, a forma como o
indivíduo responde à capacidade de adaptação de forma flexível e como lidar da
melhor forma em situações diversas e imprevisíveis.
Tudo
isso está ligado a uma boa comunicação com as pessoas, proatividade, bom
relacionamento interpessoal e várias outras habilidades que advém do lifelong
learning.
Aprender a conviver
O
terceiro pilar é justamente sobre a capacidade de conviver em grupos plurais,
diversos e dinâmicos.
Saber
solucionar conflitos da melhor forma possível e poder se adaptar a diferentes
formas de convívio é também uma importante ferramenta de aprendizado.
Aprender a ser
Aprender
a ser é o último pilar do lifelong learning, o qual reúne todos os outros
pilares a fim de unificar o perfil do indivíduo.
Saber
ser é introjetar todos os pilares anteriores e adquirir autonomia para
desenvolver um pensamento crítico ativo, responsabilidade social, e absorver o
interesse genuíno pelo conhecimento contínuo.
Diversidade para o
conhecimento
O
mundo contemporâneo é movido por mudanças, no qual devemos estar sempre
dispostos a aprender, reaprender e se adaptar a novos modelos de conhecimento,
de mercado e até mesmo de estilo de vida.
A
ideia de que existe um tempo pré-determinado para o aprendizado, ou de que o
conhecimento deve ser adquirido apenas na juventude é uma ideia limitante,
segregadora e que impossibilita com que grandes gênios perpetuem seu
conhecimento para o mundo.
José
Saramago, grande escritor português, começou a se dedicar à literatura e
escrever seus primeiros livros aos 60 anos de idade.
Bill
Clinton, ex-presidente dos Estados Unidos, começou a estudar as partículas físicas
aos 68 anos de idade, assim como Charles Darwin, que dedicou toda sua vida ao
conhecimento, registrando sua primeira grande obra e descoberta aos 50 anos.
Dessa
forma, é possível encarar o lifelong learning como uma grande ferramenta que
amplia as capacidades do ser humano em todos os seus níveis.
Lifelong Learning
aplicado às empresas
O
Lifelong Learning é talvez um dos requisitos mais abordados pelo meio
corporativo atual. Cada vez mais, o que nos difere no mercado de trabalho vai
muito além do conhecimento técnico, pois as habilidades humanas e
comportamentais, conhecidas também como soft skills, são cada vez mais
requisitadas.
O
modelo tradicional de aprendizado limita o sujeito no mercado atual, que requer
uma equipe em constante movimentação, com novos treinamentos, novos cursos e
novas demandas de performance no ambiente de trabalho.
O
lifelong learning, além de contribuir de forma significativa para produtividade
das equipes, também desenvolve novas habilidades nos indivíduos e potencializa
as habilidades já existentes, pois estimula a busca pelo desenvolvimento e
qualificação.
Com
isso, abre-se espaço para criatividade, para a melhora na comunicação e
interação pessoal dentro da organização, na gestão de conflitos e problemas
internos, além de possibilitar a diversidade de todas as formas.
Conclusão
Agora
que você já sabe como funciona o Lifelong Learning, é preciso abraçar este
conceito e começar a desenvolvê-lo na prática.
Contudo,
é importante estar sempre atento e disponível às novas oportunidades de
aprendizado, seja no mercado de trabalho ou nos outros âmbitos da vida. E para
isso é necessária uma postura lifelong learner.
A educação tradicional já não sustenta as demandas da atualidade, pois é preciso ir além e manter uma constância de aprendizado ao longo da vida, que possibilite uma vivência mais diversa, adaptável e principalmente ativa, em todos os seus sentidos.
Caso queira saber mais sobre outros assuntos do meu blog, recomendo buscar o texto do Capitalismo Consciente neste link e se você quiser saber mais sobre arte digital,acesse este link.
A mentoria tem um valor inestimável no mundo dos negócios, você sabe por quê? Eu te conto! Saiba mais sobre o que é mentoria, suas vantagens, e como escolher seu mentor de carreiras ou mentor para sua empresa.
MeO que é mentoria? Por que ela pode ajudar minha carreira e meu negócio?ntoring Coaching Tutor Guiding Helping Concept
Uma das lições mais importantes que todo
profissional deve aprender é que o melhor jeito de buscar conhecimento para
chegar mais longe é por meio das experiências de quem já chegou lá.
A experiência é um dos melhores conteúdos de
aprendizado, feitos por quem viveu na pele as consequências e benefícios de
trilhar um certo caminho.
Tudo isso pode ser feito por processos de mentoria,
que além de benefícios para uma carreira profissional, ainda pode trazer muitas
vantagens para as empresas e negócios. Se você ainda não conhece o que é
mentoria e qual o seu poder, vai gostar muito de aprender o que ensinaremos
agora.
O que é Mentoria?
A mentoria é um encontro que tem o objetivo
de compartilhar experiências e conhecimento prático de mentores para
mentorados.
Ela também serve como reforço para que o mentorado
reforce os conhecimentos utilizados no dia a dia, aprendendo de uma nova
perspectiva, que é a visão de quem já vivenciou aquilo que ensina.
No campo das carreiras, a mentoria tem o objetivo
de trazer aos mentorados uma visão mais clara sobre o seu caminho e proporcionar
uma visão mais prática e real do que lhe
espera.
Já para empresas, o objetivo pode ser repassar ao
mentorado aquilo que o mentor vivenciou com êxito na sua experiência
profissional, para que haja, além de tudo, um alinhamento de ideias, valores e
objetivos em busca de bons resultados.
Em síntese, por meio dos diversos tipos de mentoria, a ideia é sempre elevar o nível de conhecimento do mentorado para que ele possa buscar mais autonomia e protagonismo em sua vida em todas as dimensões do ser humano.
As vantagens da Mentoria
É importante que você entenda o que uma mentoria
pode fazer tanto para uma empresa quanto para a carreira de um profissional.
Abaixo fizemos duas listas para que você conheça as vantagens em cada caso.
Para carreiras
Diminui a curva de aprendizagem
Esclarece as dúvidas sobre o caminho a seguir
Permite aprender com erros dos mentores
Reforça o desenvolvimento pessoal
Aumenta o conhecimento prático
Aprendizagem adaptativa, respeitando os limites do mentorado
Ajuda o profissional a alcançar objetivos mais claros
Para empresas
Acelera os resultados da empresa
Capacita e alinha colaboradores
Descobre e desenvolve talentos
Gera oferta de bons profissionais
Diminui custos por erro
No geral, a mentoria pode trazer muitos benefícios de curto a longo prazo. Para isso, é preciso escolher bons mentores que sejam capazes de passar adiante seus conhecimentos que fizeram a diferença em sua carreira. Sugiro também a leitura do meu texto sobre porque os empreendedores buscam a mentoria de negócios.
Como procurar mentores no mercado
Para os profissionais que estão de olho nos
benefícios da mentoria, pode ser interessante procurar por programas
disponíveis no mercado ou até mesmo sugerir a criação de um programa na empresa
que trabalha.
O colaborador pode buscar ajuda de seus gestores e
conversar sobre a importância e benefícios da mentoria dentro das empresas. Já
para outros profissionais e futuros empreendedores, pode ser interessante
procurar por mentores que estão produzindo conteúdos na web.
A partir daí, é necessário selecionar os mentores e descobrir quais serão interessantes para essa jornada. Portanto:
Verifique a reputação dos mentores
Procure mentores certificados
Veja sobre seus resultados e sua carreira
Confirme se há possibilidade de mentoria
Muitos mentores costumam divulgar suas mentorias em
suas páginas nas redes sociais ou em seus sites. Na maioria dos casos, as
seções podem ser apenas em um encontro ou em várias seções para solucionar a
demanda do mentorado ou de sua empresa. Cada caso, é um caso!
Como construir uma mentoria na empresa
Uma empresa que se preocupa com o seu crescimento e
formação de seus profissionais, também busca descobrir e qualificar novos
talentos pode criar um programa de mentoria que vai ajudar muito no processo.
Criar uma mentoria não é muito difícil, mas é necessário fazer algumas
definições para o programa. Veja mais abaixo.
Definir quem
será o responsável pelo programa
O responsável pelo programa é o líder que vai
estruturar as seções, supervisionar as mentorias e analisar as métricas dos
resultados e planos de curso.
Sua função é ser o facilitador principal que vai auxiliar
os mentorados a terem autonomia para resolverem os problemas e dar sugestões
para os demais. Este profissional pode ser um gestor da empresa ou algum
profissional qualificado do RH.
Definir os
mentores de cada área
Os mentores são como os professores ou
facilitadores da aprendizagem. Para defini-los é preciso que o gestor tenha
consciência de quais são os profissionais que podem auxiliar os outros
colaboradores na empresa, se eles possuem realmente possam ter disponibilidade
para exercer este papel.
Neste caso, é preciso analisar com cuidado cada
área, além de escutar também os superiores desses candidatos para conhecê-los
melhor.
Definir os
mentorados
Os mentorados serão aqueles que precisam de um guia
dentro da empresa. Dentre eles, podemos destacar os novos colaboradores que
precisam de uma estrutura de onboarding, profissionais que estão mudando de
cargo e até mesmo aqueles que apresentam potencial, mas não estão oferecendo
bons resultados.
Definir como
será feito todo o processo
O processo deve ser bem claro para que os
mentorados tenham um programa que realmente seja produtivo.
Por isso, é importante definir um número de horas
da mentoria quando isso poderá ser feito e quais os formatos utilizados, como
por exemplo, reunião via vídeo conferência, palestras, materiais didáticos,
reuniões presenciais ou até mesmo acompanhamento do trabalho.
Conclusão
A mentoria é um processo de compartilhamento de conhecimento que diminui muito o tempo de aprendizado e auxilia os profissionais a serem mais autônomos, inspirados por bons exemplos. Esse processo também é bom para o mentor que está sempre reforçando aquilo que o faz chegar mais longe. Além disso, é um momento de exercício de escuta ativa do mentor para com o mentorado. A partir dessa escuta mais plena, o mentor poderá proporcionar reflexões importantes para o mentorado pensar sobre sua carreira e ou seu negócio. Sugiro também acessar meu texto sobre o processo de escuta
Portanto, se você é um profissional, é importante
procurar formas de ser mentorado, sugerindo um programa para sua empresa ou
procurando por profissionais certificados no mercado. Para os donos de negócio,
é importante abraçar os benefícios que essa qualificação de colaboradores trará
do curto ao longo prazo.
Gostou de saber um pouco mais sobre o que é mentoria e qual sua importância? Compartilhe este post com mais profissionais para que vocês possam discutir sobre o assunto e não deixe de acompanhar mais aprendizados por aqui. Caso você tenha se conectado com a minha filosofia de mentoria, podem fazer contato comigo .
Hoje me levantei me perguntando como ampliar minha capacidade de enxergar, com clareza, o mundo? Como pensar de forma mais clara sobre meus projetos? Como posso construir relacionamentos mais duradouros? Enfim, como encontrar as respostas que preciso para entender melhor o mundo em que eu vivo?
Dizem que você pode enxergar em 360 graus. Seria isso realmente possível?
Sim!!!! Vou contar como cheguei a esta conclusão.
Fiquei pensando…. como poderia eu enxergar em 360 graus se eu tenho apenas dois olhos? Claro que isso não seria possível se eu utilizasse apenas os olhos para enxergar.
Neste sentido, posso dizer que também enxergamos quando nós ouvimos e sentimos a energia do outro e em tantas outras formas de perceber que estão condensados no que chamo intuição.
O ser humano é complexo e completo! Que maravilha é esse nosso corpo e essa mente que nos dão a possibilidade de enxergar em tantas dimensões o nosso mundo.
Estar mais atento a si e ao outro não é coisa muito fácil. Hoje, posso dizer, sou uma pessoa mais madura, mais vivida e dar espaço às diversas manifestações do mundo me deu mais equilíbrio e discernimento. Assim, com essa maneira mais abrangente de enxergar, vamos nos construindo como seres humanos.
Enxergar, nesse sentido mais amplo, nos faz mais empáticos, principalmente quando sentimos a importância do outro e o seu ponto de vista. Em um mundo onde vejo as pessoas muito voltadas à competição, eu me pergunto, ” onde está a colaboração?
Onde eu posso mostrar meus talentos e realmente ser útil no que faço para melhorar o mundo e inspirar outras pessoas? Preste atenção aos sinais e permita-se enxergar em 360 graus. Isso lhe dará maior assertividade nos relacionamentos e em seus empreendimentos.
Seja inclusivo e respeite a diversidade humana no mundo.
A reflexão que deixo a vocês é um convite para repensar sobre sua vida. Se você não está feliz! Mude, ainda temos tempo!!
Se você está feliz com o que faz, está, com certeza no caminho certo. Talvez falte a você aprimoramento na atividade, conhecimento técnico e algumas habilidades a serem desenvolvidas, mas a sua alma estará em paz.
Posso dizer, por experiência própria, a diferença que isso faz na vida da gente!
Depois de algumas transições de carreira, me sinto mais livre, mas conectada com meu verdadeiro propósito. Desfrutar desse estado de flow, isto é, um estado mental que acontece realizamos uma atividade que nos sentimos totalmente potencializados de energia, prazer é gratificante.
Sou uma eterna aprendiz. Meus títulos conquistados com muita dedicação são importantes, mas não me definem na minha totalidade. Sou um ser humano que quer buscar coisas novas, repensar, resignificar e fazer o melhor, todos os dias.
Sou uma cidadã do mundo, sem medo de mudar, de trocar de opinião e de carreira de novo.
O que quero é seguir o fluxo, estar em movimento para poder desfrutar, junto das pessoas que amo, dessa linda jornada que é a vida. E você? Busque dentro de você suas respostas. Essa é a chave!
Hoje a reflexão parte do princípio de que estamos desconectados com a natureza. A sustentabilidade tem relação com a manutenção da vida humana no planeta. Digo que estamos desconectados porque vivemos em um mundo ainda com tantas desigualdades sociais e falta de cuidado com o planeta. Muitas pessoas que se dedicam ao empreendedorismo não levam em conta a sustentabilidade em suas condutas. Parece que a racionalidade humana deixou as pessoas distantes do que as constitui. Vivemos em um turbilhão de fragmentações: eu e os outros, eu e o planeta, eu…, eu… e mais eu.
Pensar que sustentabilidade tem a ver com a manutenção da vida no planeta requer a quebra de paradigmas. O comportamento do ser humano levou a humanidade à destruição, à morte, às guerras, às desigualdades e ao pensamento individualista. Nossa falta de conexão com a natureza e com o pensar sustentável, levou mais crianças a citarem tipos de Pokémons a nomearem as principais espécies de animais existentes no planeta terra.
Curiosamente, com este distanciamento da natureza, há um distanciamento de si, ou seja, cada vez mais estamos mais racionais e menos sintonizados com o nosso sistema biológico. Distanciar-se do que nos torna mais vivo é o que acontece na maioria das sociedades e isso contribui para que o ser humano se distancie da sua própria essência.
Dessa forma, o pensar racional que não considera as diversas dimensões humanas nos afasta do conceito da sustentabilidade . A sustentabilidade inicia com o olhar interno, identificando o tipo de mindset que temos frente ao mundo. É interessante, que observando a humanidade, ao longo do tempo, as pessoas amadureceram, cresceram, evoluíram, desconectaram-se e adoeceram.
Estamos em um momento que necessitamos fazer a jornada de cura interna para que nossas ações empreendedoras estejam conectadas com a sustentabilidade.
Perceber que o pensar sustentável no empreendedorismo inicia, dessa forma, com a jornada interna, do empreendedor e da empreendedora, na quebra de seus próprios paradigmas. Enquanto não houver conexão com nós mesmos, a sustentabilidade, em nossos projetos e empresa, estará no campo discursivo. A prática da sustentabilidade dentro de nossos negócios é uma consequência das nossas visões de mundo e de nossas atitudes. As ações sustentáveis no empreendedorismo sugerem que essa perspectiva faça parte das estratégias das empresas, assim como estejam incorporadas na cultura organizacional.
Pensar a sustentabilidade como um sistema orgânico, que conecta as pessoas à vida e à resignifição dos nossos posicionamentos, no empreendedorismo, é acreditar que a sustentabilidade relaciona-se com o princípio do equilíbrio que gera qualidade de vida para as pessoas e para todos os que se relacionam com nossas empresas. A sustentabilidade e o empreendedorismo devem estar conectados.
Termino esta reflexão dizendo que a quebra de paradigma para o desenvolvimento sustentável, nos nossos projetos, parte do nosso protagonismo em equilibrar nosso olhar empreendedor, frente ao desenvolvimento socioeconômico, político e cultural ligado à preservação do meio ambiente, no intuito de construir um mundo melhor para todos nós. Desenvolver a sustentabilidade nos leva a satisfazer as necessidades presentes, sem comprometer as gerações futuras.
O empreendedorismo, a partir dessa reflexão, pode ser aplicado para definir projetos que combinam a geração de riquezas com o desenvolvimento consciente do meio social e ambiental. Pense nisso e ótimos negócios!
Essa última semana eu fiz um post nas redes sociais que falava sobre a indissociabilidade da pessoa que empreende e do seu empreendimento.
Isso mesmo! No mundo corporativo existe humanidade. Existem sentimentos, afetos e emoções. O que ocorre é que, a maioria dos empresários, não considera todas as dimensões humanas dentro das organizações. É muito incoerente isso: fragmentar o ser humano como se pudéssemos separar a persona profissional da pessoal.
Eu lembro, lá nos anos 90, quando iniciei minha carreira profissional, em um dos primeiros trabalhos que realizei, meu líder me disse: “Eliane, aqui você deve “vestir a camiseta” e seus problemas pessoais devem ficar em casa”. Ouvi essa frase e pensei: como vou realizar essa demanda de me fragmentar em profissional e pessoal? Como eu faço isso?
Essa frase seguiu comigo desafiando minhas crenças e me instigando a repensar sobre os modelos de gestão tão cruéis com os colaboradores. Na verdade, estas reflexões são fundamentais para qualquer empresas ou empresário/a. Não é possível adiar mais esta pauta! É agora!
1.1 Começando a mudar
Lendo o livro Empresas que Curam, de Raj Sisodia & Michael Gelb, me levou a reavivar esta conversa com você, caro/a leitor/a. O livro traz uma série de histórias de empresas que inspiram e que estão tornando possíveis feitos maravilhosos no mundo corporativo. Como já falei em outras reflexões, o protagonismo das instituições é fundamental para vermos as mudanças acontecerem, na prática.
A história do capitalismo não foi a coisa mais linda de se ver. Muitas ações foram realizadas em prol do desenvolvimento econômico e social , mas entendo que, entre tantas coisas, a visão mais humanizada nas organizações ficou negligenciada, trazendo influências marcadas pela violência, imposição, poder, competição e egoísmo.
“As influências tóxicas do meio corporativo deixaram marcas e sofrimento nas pessoas”.
O ethos da maioria das instituições mostram empresas que correm muito atrás do lucro e desconsideram as outras relações possíveis dentro desses ambientes. Este é o mundo que você quer deixar para a prosperidade?Qual o legado de sua empresa? Ganhar dinheiro?
1.2 Elevando a consciência
Será que não temos outra maneira de nos relacionar nas organizações? Será que pessoas e organizações não são a mesma coisa? Claro que sim! Não tenha dúvida!
Empresas são pessoas, clientes são pessoas, stakholders são pessoas e a comunidade são pessoas. Esta é a chave para a elevação da consciência. A dimensão humana, por muito tempo esquecida, está retornando, aos poucos, para a relevância necessária dentro das empresas.
Percorrendo algumas literaturas sobre os negócios e lideranças, como comentam Sisódia e Gelb, existem livros que reforçam a sociopatia nos negócios. Uma sociopatia que considera a empresa sem as pessoas. Uma ideologia que torna o ambiente corporativo repleto de competição, guerras de poder e vaidades. Neste tipo de ambiente fica difícil valorizar as pessoas. Falta confiança e respeito mútuos.
Um líder lidera pelo exemplo e não pela força . Essa é a minha perspectiva também. Líderes tomam decisões difíceis, mas as tomam de forma consciente , com benevolência e gentileza em um equilíbrio entre a tenacidade e a sagacidade diz Sisodia e Gelb.
“É preciso entender que é possível promover crescimento nos negócios e servir à sociedade e ao planeta. Isso é recuperar a sanidade no mundo corporativo”.
A elevação da consciência está em acreditar firmemente que se melhorarmos a vida das pessoas que trabalham com a gente e focarmos na busca de melhorias para a nossa comunidade, encontrando soluções sustentáveis, estaremos em sinergia com nossos consumidores, sociedade e funcionários, nosso acionista vai ter resultados consistentes nas nossas empresas.
1.3 Empoderando pessoas
A missão da empresa também deve ser empoderar as pessoas. Essa atitude também as fará gerar lucro!! As empresas devem ter responsabilidade moral com cada indivíduo. Hoje, sabe-se que este posicionamento de gerar riqueza e beneficiar a todos que são impactados pelas nossas organizações. Isso é possível!
Uma liderança realmente humana é medida pela forma como curamos e empoderamos as pessoas. Tudo que acontece no mundo é responsabilidade nossa. Todo o desrespeito com o meio ambiente, com as desigualdades sociais e de gênero originaram-se da lacuna de humanidade cada ser humano.
“As organizações podem fazer algo diferente! As empresas podem ser protagonistas de uma transformação social”.
O mesmo olhar que temos para geração de lucros, é o mesmo olhar que precisamos ter com as pessoas. Sabemos que o que precisamos é o equilíbrio. Sabemos que esse olhar para as pessoas reduzirá o sofrimento humano, pois em grande parte das empresas, vemos a doença, o stress e a falta de qualidade de vida.
“Empoderar pessoas é construir caminhos possíveis para que ela se desenvolva“.
É pelo trabalho que desenvolvemos nossa identidade e nos tornamos capazes de exercer nossa autonomia em uma perspectiva biosocioantropológica do ser humano.
É hora de favorecer nossa vida e a da vida das pessoas que trabalham com a gente. É hora de acreditar que nossas empresas são pessoas e que elas precisam estar bem para apoiar nosso propósito maior, em uma cultura mais consciente e com líderes mais humanizados. A sociedade, os stakeholders e o nosso planeta precisam de nós, empresas que tornar a transformação mundial possível.
É possível pensar nossas empresas para além do lucro?
Sim. Empresas do futuro se preocupam com o lucro , com as pessoas e com o planeta.
Por onde eu começo a mudar?
O começo de tudo acontece dentro da gente, com uma ampliação de consciência de que estamos todos conectados no mundo e que empresas são pessoas.
Por que a liderança dentro das organizações é tão importante?
Porque é ela que inspira as mudanças de cultura, de estratégia e pensamento organizacional. Todos nós somos líderes dentro das organizações. Todos nós somos influenciadores nas nossas empresas.
Por que as empresas são tão importantes para a transformação do mundo?
As empresas podem acelerar as transformações socias, econômicas e trazer um novo jeito de investir e fazer negócios mais conscientes no Brasil e no mundo.
Eliane Davila
Ph.D em Processos e Manifestações Culturais
Pesquisadora do Empreendedorismo Feminino
Embaixadora Certificada do Capitalismo Consciente
Mentora de Negócios da ABMEN
Presidente da Associação de Administradores do Vale do Sinos – AVS
Começo esta reflexão dizendo que a liderança organizacional é uma das temáticas que vem me acompanhando na minha trajetória profissional desde que iniciei no mundo corporativo e na minha carreira acadêmica.
Sempre gostei de buscar nas lideranças que trabalharam comigo, atitudes e comportamentos que eu pudesse me inspirar. A inspiração é uma forma amorosa de trazer amor. Uma liderança inspiradora precisa ser construída em uma base forte. Precisa estar conectada com o momento presente.
Assim, hoje vamos falar sobre o estado de presença. O que é este conceito e como ele pode ser vinculado às lideranças organizacionais?
Partindo da perspectiva do Livro, Liderança Shakti, o estado de presença é definido como um estado de consciência do momento presente. É um estado de “flow” onde acessamos o equilíbrio, completude, conexão interna e externa com o nosso entorno. É uma interconexão que vai além do nosso mundo, indicando uma ligação com nossa essência interior. Em estado de presença estamos plenos, flexíveis e congruentes.
Estar em estado de presença nos direciona à pensar que as lideranças, estão em plena disponibilidade para seus colaboradores, além disso, o conceito também permeia a ideia que você, como gestor/a, não tem nada a temer, nada a defender e nada a promover. É só você em estado de presença!
Uma das observações mais relevantes para mim, na leitura do Livro Liderança Shakti, foi entender que este estado de presença nos leva à unicidade, ou seja, no estado de presença eu sou eu mesma. Este é o estado natural, onde posso estar alegre porque posso ser o que realmente devo ser no mundo.
Oslíderes conscientes são responsáveis por servir ao propósito da organização criando valor para todos os seus stakeholders e cultivando uma Cultura Consciente de confiança e cuidado. Os aspectos relevantes para essa competência incluem a confiança, o equilíbrio e determinação. O cultivo da presença possibilita o desenvolvimento de líderes mais carismáticos, que possuem um magnetismo singular e que possuem influencia sobre os outros. Em estado de presença, o líder encontra clareza e energia em uma linguagem corporal e verbal inspiradora.
As organizações desejam líderes para que tenham o estado de presença desenvolvido. Os líderes devem ser capazes de projetar confiança carismática, mas esta competência deve estar intrinsecamente ligada ao estado de presença.
Posicionamentos genuínos, na liderança organizacional, devem estar conectados com nosso Eu interior. Caso contrário, estaremos usando as máscaras que as influências externas nos disponibilizam para construção de uma persona que não é realmente quem somos.
Dessa forma, o líder deve ser exatamente a pessoa que ele é . Esta é a chave para a construção de lideranças mais conscientes nas organizações.
Percebemos o quão difícil é estar nesse estado de presença. Somos, a cada minuto, chamados a estamos em piloto automático. Realizamos as atividades, conversamos com as pessoas, mas na verdade, não as sentimos e nem as escutamos de forma genuína. A busca pelo estado de presença requer uma vigília constante.
O desenvolvimento do estado de presença requer um cultivo desta vigília e a prática diária do restabelecimento do equilíbrio interior. Uma das práticas mais eficazes para cultivarmos a presença é colocarmos limites adequados às nossas relações. Normalmente, as tendências femininas do ser humano, e aqui lembramos que, não estamos falando de gênero, deixam as pessoas mais abertas aos relacionamentos e com isso, estão mais expostas à dependência. Por isso reforço a importância da vigília constante.
Como um elefante que sempre esteve preso em uma corrente, quando o soltam, a tendência é ficar condicionado a estar no mesmo espaço. Assim, nós humanos, também podemos correr o risco de aceitar que nossas limitações, nossa liberdade e nosso potencial somente existam em nossas mentes. Somente quando estamos realmente presentes é que podemos transcender essas restrições pessoais e ir em busca da felicidade e das realizações que desejamos.
O estado de presença leva você à consciência. Um lugar que não é estático, mas uma dinâmica criativa que cria, preserva, destrói e recria. Nossas chances de acertar, em atitudes e comportamentos, no processo de liderança são muito maiores se estivermos neste estado de consciência pleno.
É preciso honrar quem você verdadeiramente é . É preciso prazer em tudo que se faz. Agir com a alma, este é o chamado do estado de presença a todas as lideranças organizacionais.